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Diante das gravíssimas denúncias que atingem o presidente da República e afundam o País em uma crise sem precedentes, a alternativa menos traumática é a renúncia imediata e a convocação de eleições diretas. Outra possibilidade é a cassação da chapa Dilma-Temer já nos próximos dias 6, 7 e 8 de junho, quando o TSE vai julgar o processo que pede a cassação da chapa presidencial eleita em 2014, com farta ajuda de caixa dois. Um processo de impeachment acabaria de vez com a economia brasileira, além de alongar o sofrimento de toda a população. E eleição indireta por um Congresso Nacional com metade comprometida em denúncias é tudo o que a sociedade brasileira repudia.

Desde que foi divulgada a delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, hoje à noitinha, houve buzinaço e panelaço em frente ao Palácio do Planalto, gritos de  “Fora Temer”, “Diretas já” e tumulto em plenário, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado, em Brasília. Em todo o País, o sentimento de indignação é geral. 

A situação é feia e o governo está sem chão para se sustentar. Oito ministros são investigados pela Lava Jato, suspeitos de participar de atos de corrupção. 

Os senadores de oposição estão reunidos para elaborar um pedido de impeachment do presidente Michel Temer. O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) já protocolou na Secretaria-Geral da Mesa da Câmara seu pedido de impeachment de Temer por crime de responsabilidade. Se aceito pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), será criada uma comissão especial para analisar o assunto. 

Por sua vez, o deputado e terceiro secretário da Mesa, João Henrique Caldas (PSB-AL), também denunciou Temer por crime de responsabilidade.
No Salão Verde, deputados oposicionistas pediram a renúncia imediata de Temer e a convocação de eleições diretas para a Presidência da República.
Na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, o deputado Esperidião Amin (PP-SC), relator da admissibilidade da proposta que permite eleições diretas para a Presidência da República (PEC 227/16), apresentou pedido de urgência para a votação no colegiado. O requerimento pode ser analisado pela CCJ já amanhã.

Uma coisa é certa. Uma longa noite de agonia se anuncia. Em Brasília, ninguém dorme.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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