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Contando ninguém acredita. Ou melhor, se não estivesse fartamente documentado, todos abominariam a informação. Mas o fato é que o juiz Federal Flávio Roberto de Souza, titular da 3ª Vara Criminal do RJ, foi flagrado por jornalistas dirigindo o Porsche Cayenne turbo placas DBB0002 do empresário Eike Batista, cujos bens ele mesmo mandou apreender no último dia 6, já que estão em suas mãos os dois processos penais em que o ex-bilionário é acusado de manipulação de mercado e de uso de informação privilegiada. O magistrado foi flagrado pelo jornal Extra chegando, às 10:22h, ao volante do luxuoso veículo à sede da Justiça Federal, no Centro do Rio, na Avenida Barão de Tefé. Mais: através de ofício datado de 11 de fevereiro, ele pediu autorização ao Detran-RJ para que dois carros que pertenciam ao empresário passassem a ser utilizados pela Justiça Federal. Dentre eles, o Porsche que estava dirigindo.
À revista Veja, o juiz alegou, em sua defesa, que não havia vagas no pátio da Justiça Federal para todos os carros de Eike. Por isso -vejam só! -, pegou os dois mais caros e estacionou nas vagas cobertas do próprio prédio onde mora, um 
condomínio residencial na Barra da Tijuca, e fez um ofício ao Detran comunicando que os carros estariam ali.
Flávio Roberto sustentou que os carros não saíram da garagem desde então e que no dia em que foi visto dirigindo o bólido (acelera de 0 a 100 Km/h em 4,5 segundos e vai até 279 Km/h) ficariam expostos no pátio, uma vez que o leilão estava marcado para esta quinta-feira, 26. 


As expressões “trânsito em julgado” e “é isso que dá juiz levar trabalho para casa” viraram chacota nas redes sociais. Com o natural escândalo, a Corregedoria Regional da Justiça Federal da 2ª Região decidiu instaurar sindicância para apurar a conduta do juiz Flávio Roberto.
E o desembargador federal Messod Azulay, da 2ª turma especializada do TRF da 2ª região, suspendeu os leilões de automóveis designados para hoje e 9 de março. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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