0
 

A Editora Pública Dalcídio Jurandir, da Imprensa Oficial do Estado do Pará, vai publicar “Três Casas e Um Rio”, do escritor marajoara Dalcídio Jurandir.

O pesquisador e professor Fernando Farias, estudioso de Dalcídio, fará toda a revisão da obra, que deverá ser lançada no final de abril de 2026.

Três Casas e um Rio é um romance que integra o ciclo do Extremo Norte, conjunto de obras em que o autor retrata a vida amazônica, especialmente a do arquipélago do Marajó. Publicado em 1958, o livro acompanha personagens marcados pela pobreza, desigualdades sociais e a forte relação com o rio, elemento central da existência local.

A narrativa destaca o cotidiano de famílias humildes, seus conflitos íntimos e sociais, revelando a opressão econômica, os sonhos frustrados e a luta pela sobrevivência. Com linguagem sensível e realista, Dalcídio Jurandir constrói um retrato profundo da Amazônia humana, indo além da paisagem natural para explorar as tensões sociais e psicológicas de seus personagens.

Fernando Farias é especialista em Estudos Linguísticos e Análise Literária; mestre em Educação (ambos pela Uepa) e doutor em Educação pela Universidade de São Paulo – USP, professor efetivo e coordenador do curso de Letras e Português da Faculdade de Letras Dalcídio Jurandir, campus de Altamira, da Universidade Federal do Pará.

Para o presidente da IOEPA, Jorge Panzera, esse é um esforço que o governo do Pará vem fazendo através da editora pública, a fim de valorizar a literatura paraense. “Já assinamos o contrato dos direitos autorais das quatro primeiras obras Dalcidianas, lançamos na feira do livro o romance “Chove nos Campos de Cachoeira”, vamos lançar agora em janeiro a obra “Marajó” e para o final de abril devemos publicar “Três Casas e um Rio” e “Belém do Grão Pará”, e estamos comprando os direitos autorais das outras obras, “Passagem dos Inocentes”, “Primeira Manhã”, “Ponte do Galo”, “Os Habitantes”, “Chão dos Lobos” e “Ribanceira”. Dessa forma completando o ciclo do extremo norte das obras desse grande escritor paraense”, adiantou Panzera.

Para o editor e coordenador da Editora Dalcídio Jurandir da IOEPA, “publicar autores fora de catálogo é um compromisso com a memória e com a história da literatura paraense, já publicamos autores como Haroldo Maranhão, Eimar Tavares, Benedicto Monteiro e agora nosso esforço é publicar Dalcídio Jurandir”, contou Moisés Alves.

Padre Júlio Lancellotti silenciado pelo arcebispo de São Paulo

Anterior

Unama apadrinha 80 crianças no projeto “Papai Noel dos Correios”

Próximo

Você pode gostar

Comentários