Publicado em: 16 de dezembro de 2025
A Editora Pública Dalcídio Jurandir, da Imprensa Oficial do Estado do Pará, vai publicar “Três Casas e Um Rio”, do escritor marajoara Dalcídio Jurandir.
O pesquisador e professor Fernando Farias, estudioso de Dalcídio, fará toda a revisão da obra, que deverá ser lançada no final de abril de 2026.
Três Casas e um Rio é um romance que integra o ciclo do Extremo Norte, conjunto de obras em que o autor retrata a vida amazônica, especialmente a do arquipélago do Marajó. Publicado em 1958, o livro acompanha personagens marcados pela pobreza, desigualdades sociais e a forte relação com o rio, elemento central da existência local.
A narrativa destaca o cotidiano de famílias humildes, seus conflitos íntimos e sociais, revelando a opressão econômica, os sonhos frustrados e a luta pela sobrevivência. Com linguagem sensível e realista, Dalcídio Jurandir constrói um retrato profundo da Amazônia humana, indo além da paisagem natural para explorar as tensões sociais e psicológicas de seus personagens.
Fernando Farias é especialista em Estudos Linguísticos e Análise Literária; mestre em Educação (ambos pela Uepa) e doutor em Educação pela Universidade de São Paulo – USP, professor efetivo e coordenador do curso de Letras e Português da Faculdade de Letras Dalcídio Jurandir, campus de Altamira, da Universidade Federal do Pará.
Para o presidente da IOEPA, Jorge Panzera, esse é um esforço que o governo do Pará vem fazendo através da editora pública, a fim de valorizar a literatura paraense. “Já assinamos o contrato dos direitos autorais das quatro primeiras obras Dalcidianas, lançamos na feira do livro o romance “Chove nos Campos de Cachoeira”, vamos lançar agora em janeiro a obra “Marajó” e para o final de abril devemos publicar “Três Casas e um Rio” e “Belém do Grão Pará”, e estamos comprando os direitos autorais das outras obras, “Passagem dos Inocentes”, “Primeira Manhã”, “Ponte do Galo”, “Os Habitantes”, “Chão dos Lobos” e “Ribanceira”. Dessa forma completando o ciclo do extremo norte das obras desse grande escritor paraense”, adiantou Panzera.
Para o editor e coordenador da Editora Dalcídio Jurandir da IOEPA, “publicar autores fora de catálogo é um compromisso com a memória e com a história da literatura paraense, já publicamos autores como Haroldo Maranhão, Eimar Tavares, Benedicto Monteiro e agora nosso esforço é publicar Dalcídio Jurandir”, contou Moisés Alves.










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