Mestra, doutora e pós-doutora em Antropologia, Luciana Gonçalves de Carvalho, professora do Instituto de Ciências da Sociedade da Universidade Federal do Oeste do Pará, foi eleita para o Órgão de Avaliação da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial da Unesco, com mandato de quatro anos. A eleição foi na última sexta-feira, 6, durante a 19ª Sessão do Comitê em Assunção, Paraguai.
Luciana Gonçalves de Carvalho tem vasta experiência acadêmica e profissional no desenvolvimento de políticas públicas de proteção do patrimônio imaterial em âmbito nacional e multilateral, e integrou o grupo de especialistas organizado pela Unesco para debater a relação entre o patrimônio imaterial e a ação climática, assim como grupo de reflexão sobre a Lista de Boas Práticas da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial. “É uma conquista importante para o Brasil, este assento (entre 12) no órgão que avalia as candidaturas às listas da convenção de 2003 da Unesco, entre elas a representativa do patrimônio cultural imaterial da humanidade. Conquista ainda mais significativa por ser alguém da Ufopa, uma universidade nova e em situação periférica”, comenta.
Líder do Grupo de Pesquisa Diversidade Cultural, Território e Novos Direitos na Amazônia, com pesquisas em andamento sobre direitos coletivos e conflitos socioambientais em comunidades rurais, ribeirinhas e extrativistas afetadas por projetos de desenvolvimento e Unidades de Conservação, Luciana é membro do Conselho Consultivo do Iphan e representante da Associação Brasileira de Antropologia no Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Cultural Brasileiro. É autora de publicações sobre patrimônio cultural imaterial, cultura popular, memória, trabalho e conhecimentos tradicionais em comunidades amazônicas, bem como de relatórios técnicos, laudos e outros estudos antropológicos em processos de regularização fundiária, disputa territorial e conflito socioambiental.
Para o Ministério das Relações Exteriores, a eleição da professora Luciana Carvalho ao Órgão de Avaliação reforça a importância conferida pelo Brasil à salvaguarda do patrimônio imaterial e o interesse do país em incentivar sinergias entre técnicas e conhecimentos tradicionais, desenvolvimento sustentável e direitos humanos, de modo a promover perspectiva equilibrada e representativa da Convenção.
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