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A pesquisa Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher mostra que 30% das mulheres do país já sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar provocada por um homem. Dentre elas, 76% sofreram violência física, índice que varia de acordo com a renda. Enquanto 64% das mulheres que sofreram violência doméstica ou familiar e que recebem mais de seis salários mínimos declaram ter sofrido violência física, esse índice chega a 79% entre as vítimas com renda de até dois salários mínimos.

O levantamento, realizado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência a cada dois anos, integra série histórica iniciada em 2005.

Entre as mulheres do Pará, 73% afirmam que uma amiga, familiar ou conhecida já sofreu algum tipo de violência doméstica ou familiar. Os tipos de violência sofridos mais recorrentes são a violência física (88%), a psicológica (86%) e a moral (82%). O levantamento mostra que boa parte das vítimas do Pará, a exemplo do que ocorre no Brasil, vivencia a primeira agressão ainda muito jovem. Para 35%, a primeira ocorrência se deu quando tinham até 19 anos de idade.

A população feminina do Pará com 16 anos ou mais é composta por 81% de pessoas pretas, pardas ou indígenas e 19% de pessoas brancas ou amarelas. Em relação à receita mensal, 72% das paraenses vivem com renda familiar de até dois salários mínimos, 14% com renda familiar entre dois e seis salários mínimos e 6% com renda familiar maior do que seis salários mínimos. Quanto à educação, 49% das mulheres do Pará têm só o ensino fundamental, 38% o ensino médio e 13% o grau superior.

A pesquisa também investigou o grau de conhecimento e a percepção sobre os instrumentos de proteção às mulheres. E mostra que 74% das parauaras conhecem pouco sobre a Lei Maria da Penha e que na percepção de 44% delas a lei protege apenas em parte as mulheres contra a violência doméstica e familiar. De acordo com a pesquisa, 70% das mulheres do Pará afirmam conhecer pouco sobre Medida Protetiva.

Entre as cidadãs paraenses, o serviço de proteção mais conhecido são os prestados pela delegacia da Mulher, conhecidos por 95% delas. De forma geral, as paraenses consideram o Brasil um país muito machista (64%) e que nos últimos 12 meses a violência doméstica aumentou (74%).

Acesse aqui o relatório completo.

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