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“Do Papel ao Produto”, “Estamparia Amazônica com Serigrafia”, “Utilitários com Madeira”, “Acessórios de Moda com Reaproveitamento de Sombrinha”, “Confecção de Mascotes da Amazônia em Tecido”, “Embalagem Criativa” e “Design de Bolsa com Banner” são algumas das oficinas para as quais o Núcleo de Produção Cultural do Curro Velho, em Belém, vinculado à Fundação Cultural do Pará, abrirá inscrições no próximo dia 6, destinadas a aprofundar técnicas artísticas e práticas sustentáveis. Com início das aulas marcado para o dia 17 deste mês, as oficinas têm carga horária de 45 horas e são direcionadas a alunos com experiência prévia em artes visuais ou práticas de ofício, oferecendo uma porta de entrada para a profissionalização no mercado cultural. Cada uma das sete oficinas tem dez vagas e é ministrada por instrutores especializados, como André Teixeira, Lucilene Carvalho e Juliana Lebrêgo. 

Ana Luz, técnica em gestão cultural do Curro Velho, explica que o núcleo de produção é um espaço em que os alunos podem aprofundar suas técnicas e se preparar para o mercado. “Quando o aluno passa por várias etapas, como serigrafia, desenho e pintura, e quer algo mais, ele se inscreve nas oficinas do núcleo de produção”.  As oficinas também têm forte viés sustentável. Na “Do Papel ao Produto”, por exemplo, os alunos aprendem a reciclar papel e a adicionar fibras naturais, como a pupunha e o curauá, para aumentar a resistência do material. Além disso, o núcleo tem experimentado com papel-semente, uma inovação que permite que o papel germine após o uso. “Quando o aluno coloca a primeira camada do papel no tanque, ele joga as sementes desidratadas dentro do papel. As sementes podem ser de maracujá, cheiro verde, ou outras que estamos testando. Quando o papel é rasgado, as sementes ficam expostas e, se colocadas em um lugar úmido, germinam. É um processo simples, mas muito interessante”, explica Ana. 

Outro destaque é a oficina “Acessórios de Moda com Reaproveitamento de Sombrinha”. Sombrinhas usadas viram bolsas, mochilas e outros acessórios. Já a oficina “Confecção de Mascotes da Amazônia em Tecido” também chama a atenção por sua abordagem inclusiva, com bonecas que representam cadeirantes, pessoas com deficiência visual, autistas e crianças com membros amputados. Com uma proposta que une arte, sustentabilidade e profissionalização, o Núcleo de Produção do Curro Velho se consolida como um espaço de transformação, e a cultura amazônica ganha vida através das mãos de seus alunos.

Fotos de Arthur Andrade

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