A mais nova moradora do Parque Zoobotânico Mangal das Garças, em Belém, a simpática coruja Morgana, já está bem acomodada dentro da Reserva José Márcio Ayres (borboletário), junto com outras três espécies de murucututu (Pulsatrix perspicillata), também conhecida como coruja-de-óculos.
Camilo González, veterinário responsável pela fauna do Mangal, explica que as corujas têm atividade noturna, e, por isso, durante o descanso diurno os cuidados devem permanecer ativos. “Estas aves possuem uma audição cinquenta vezes mais apurada que o ser humano. Deixamos o pedido e o alerta de que o público deve prezar pela observação silenciosa, já que se trata de um animal que necessita de silêncio para descansar”.
A coruja Murucututu ocorre em todo país, principalmente na Amazônia, Planalto Central, Pantanal e na Mata Atlântica do Nordeste. No Mangal das Garças moram a Olivia, que chegou ao Parque em 2020; a Gugu, que foi recebida em 2022, e agora a Morgana, acolhida em junho deste ano. “A Morgana já se adaptou muito bem ao Parque. As três têm se dado muito bem e aproveitado bastante o espaço”, comenta González.
O Mangal das Garças é referência em reprodução e reabilitação de aves. As corujas foram transferidas do Hospital Veterinário da Universidade Federal do Pará e do Hospital Veterinário Mário Dias Teixeira, da Universidade Federal Rural da Amazônia. Todas apresentavam problemas nas asas, que as impossibilitaram de retornar à natureza. No local, recebem tratamento e alimentação adequada, e estão inseridas nos projetos de educação e conscientização ambiental.
A gestão do Parque salienta que os animais impossibilitados à reintrodução devido a lesões causadas por fatores como maus-tratos ou tráfico foram transferidos de instituições devidamente regulamentadas e registradas pelo Ibama, como zoológicos e criadouros científicos. O Mangal não recebe animais de pessoa física.
Para quem deseja ver as murucututus de perto, basta visitar o Mangal de terça a domingo, de 8h às 18h. Para entrar na Reserva José Márcio Ayres é necessário adquirir ingresso no valor de R$7, por se tratar de espaço de visitação monitorada, assim como o Museu e o Farol de Belém. Mas elas também podem ser vistas gratuitamente, junto de outras espécies de rapinantes, durante os passeios da tarde pelos espaços do Mangal, realizados por técnicos ambientais, de terça a sexta, das 17h às 18h. Além de contemplar as aves, os visitantes recebem uma explicação sobre o modo de vida delas.
O Parque Zoobotânico Mangal das Garças fica na Rua Carneiro da Rocha, s/nº, no bairro da Cidade Velha, em Belém do Pará.
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