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Na última semana de outubro, o Conselho Nacional de Educação publicou parecer no DOU, sugerindo que o livro “Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato, deixe de ser distribuído em escolas públicas ou que conste o alerta de que se trata de um texto racista, afirmando ainda que um dos critérios estabelecidos pela Coordenação-Geral de Material Didático do MEC para a seleção de títulos é primar pela “ausência de preconceitos, estereótipos ou doutrinações“.
Felizmente, o ministro Fernando Haddad recebeu diversas manifestações de educadores, acadêmicos e estudiosos recomendando que a linha que o ministério defende sempre – de não restringir ou censurar as obras – seja mantida. Por isso, pedirá ao colegiado que reconsidere a decisão.
O motivo da tentativa de censura: brilhantes cabeças sustentam que Monteiro Lobato autoriza seu protagonista a chamar uma empregada negra (Tia Anastácia) de macaca, e a dizer que seus lábios são beiços. Oh, céus!
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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