Publicado em: 3 de setembro de 2013
“Nós,
Bispos do Regional Norte 2 da CNBB, reunidos em assembleia em Belém, tomamos
conhecimento do assassinato do líder quilombola Teodoro Lalor de Lima no último
dia 19, quando estava se dirigindo para Belém afim de participar do Encontro
Estadual de Quilombolas. Lamentamos profundamente a sua morte e nos
solidarizamos com sua família e comunidades quilombolas do Marajó.
Bispos do Regional Norte 2 da CNBB, reunidos em assembleia em Belém, tomamos
conhecimento do assassinato do líder quilombola Teodoro Lalor de Lima no último
dia 19, quando estava se dirigindo para Belém afim de participar do Encontro
Estadual de Quilombolas. Lamentamos profundamente a sua morte e nos
solidarizamos com sua família e comunidades quilombolas do Marajó.
No
dia 13 de agosto passado, na audiência pública promovida pelo Ministério
Público Federal e Ministério Público Estadual em Cachoeira do Arari, Teodoro
Lalor de Lima denunciou a perseguição que as comunidades quilombolas do Marajó vêm
sofrendo por parte de fazendeiros da região, afirmou que, sem acusação formal, esteve preso arbitrariamente
por dois meses a mando de fazendeiros. Declarou também que crianças da sua
comunidade estavam sendo presas por colherem açaí nas terras quilombolas.
Denunciou que várias famílias quilombolas estão sofrendo prejuízos e não têm
seus direitos respeitados devido à expansão da monocultura do arroz na região.
Há fortes indícios de que estas denúncias foram a causa de seu assassinato. As
circunstâncias de sua morte são estranhas e a versão oficial está cheia de
contradições.
dia 13 de agosto passado, na audiência pública promovida pelo Ministério
Público Federal e Ministério Público Estadual em Cachoeira do Arari, Teodoro
Lalor de Lima denunciou a perseguição que as comunidades quilombolas do Marajó vêm
sofrendo por parte de fazendeiros da região, afirmou que, sem acusação formal, esteve preso arbitrariamente
por dois meses a mando de fazendeiros. Declarou também que crianças da sua
comunidade estavam sendo presas por colherem açaí nas terras quilombolas.
Denunciou que várias famílias quilombolas estão sofrendo prejuízos e não têm
seus direitos respeitados devido à expansão da monocultura do arroz na região.
Há fortes indícios de que estas denúncias foram a causa de seu assassinato. As
circunstâncias de sua morte são estranhas e a versão oficial está cheia de
contradições.
Será
que este crime será mais um que permanecerá impune? Até quando “o Pará será
terra sem lei”?
que este crime será mais um que permanecerá impune? Até quando “o Pará será
terra sem lei”?
Este
é um crime que por si só exige uma investigação séria por parte de todas as
autoridades competentes tanto na esfera estadual como federal. Por isso
apelamos aos Ministérios Público Federal e Estadual, que promoveram a audiência
pública da qual Teodoro Lalor de Lima participou fazendo as denúncias acima,
para que investiguem a fundo esta morte bem como as violações que as comunidades
quilombolas do Marajó estão sofrendo e tomem as medidas cabíveis para evitar
futuros assassinatos e violações de direitos deste povo tão sofrido.
é um crime que por si só exige uma investigação séria por parte de todas as
autoridades competentes tanto na esfera estadual como federal. Por isso
apelamos aos Ministérios Público Federal e Estadual, que promoveram a audiência
pública da qual Teodoro Lalor de Lima participou fazendo as denúncias acima,
para que investiguem a fundo esta morte bem como as violações que as comunidades
quilombolas do Marajó estão sofrendo e tomem as medidas cabíveis para evitar
futuros assassinatos e violações de direitos deste povo tão sofrido.
Dirigimos
um apelo particular e pessoal ao Governador do Estado do Pará, como responsável
pela segurança no Pará, para que tome medidas eficazes a fim de que este crime
seja esclarecido e os direitos dos quilombolas do Marajó e de outras regiões do
Pará sejam respeitados. É mais um derramamento de sangue diante da qual o
Governo do Estado não pode se omitir! É necessário agir de maneira séria e
eficiente para que se comece a mudar a imagem de que “o Pará é terra sem lei”.
um apelo particular e pessoal ao Governador do Estado do Pará, como responsável
pela segurança no Pará, para que tome medidas eficazes a fim de que este crime
seja esclarecido e os direitos dos quilombolas do Marajó e de outras regiões do
Pará sejam respeitados. É mais um derramamento de sangue diante da qual o
Governo do Estado não pode se omitir! É necessário agir de maneira séria e
eficiente para que se comece a mudar a imagem de que “o Pará é terra sem lei”.
Dirigimo-nos
também à Presidente Dilma para que mobilize o Ministério da Justiça e a Polícia
Federal nas investigações deste crime e estes ajudem na proteção das
comunidades quilombolas contra a violência que estão sofrendo. É sangue
derramado sujando o atual governo.
também à Presidente Dilma para que mobilize o Ministério da Justiça e a Polícia
Federal nas investigações deste crime e estes ajudem na proteção das
comunidades quilombolas contra a violência que estão sofrendo. É sangue
derramado sujando o atual governo.
D. Jesus Maria Cizaurre Berdonces – Presidente e
Bispo de Cametá
Bispo de Cametá
D. Bernardo Johannes Bahlmann – Vice-Presidente
e Bispo de Óbidos
e Bispo de Óbidos
D. Alberto Tavera Corrêa – Secretário – Arcebispo
de Belém
de Belém
D. Luís Ferrando – Bispo de Bragança
D. Carlos Verzeletti – Bispo de Castanhal
D. Wilmar Santin – Bispo de Itaituba
D. Pedro José Conti – Bispo de Macapá – AP
D. Vital Corbellini – Bispo de Marabá
D. José Luís Azcona Hermoso – Bispo de Marajó
D. Alessio Saccardo – Bispo de Ponta de Pedras
D. Flávio Giovenale – Bispo de Santarém
D. Erwin Krautler – Bispo do Xingu”









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