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A Assembleia Legislativa, em sessão solene hoje de manhã, outorgou a Comenda Mãe Doca, alusiva a uma importante liderança afro-religiosa, reconhecida como a primeira mulher a tocar tambor no Pará, a várias personalidades do movimento negro. A iniciativa é do deputado Dirceu Ten Caten(PT). A comenda foi criada através de requerimento da sua mãe, a ex-deputada Bernadete Ten Caten, com o objetivo de valorizar o trabalho das lideranças que atuam na preservação da cultura dos povos e das religiões de matriz africana. O plenário Newton Miranda ficou multicolorido e cheio de sonoridade. Logo na abertura, um grupo cantou e dançou, como forma de pedir bênçãos. A sessão foi presidida pelo deputado Cássio Andrade(PSB), e prestigiada pelo deputado Sidney Rosa(PSB).

Durante toda esta semana, a Alepa celebrou a afro-religiosidade. Um relatório foi apresentado pela Comissão de Direitos Humanos, ontem, sobre intolerância religiosa contra os povos de matriz africana. Para se ter uma ideia, só de 2015 a 2017 foram assassinadas sete lideranças afro-religiosas no Pará. 

No hall do Palácio Cabanagem, a exposição “Imagem do Sagrado”, que encerra hoje, mostra parte dos símbolos religiosos dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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