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É um acinte ao povo brasileiro que o BNDES empreste, a juros subsidiados, R$4 bilhões a Abílio Diniz para a fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour. O despudor é ainda maior porque o empresário é membro da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade do governo federal.
 
Eike Batista, o oitavo homem mais rico do mundo, também está na fila para ganhar a boquinha de R$ 3,2 bilhões em empréstimos do BNDES para suas empresas MPX (de energia) e OSX (estaleiro). Na semana passada, o bilionário já conseguiu R$ 2,7 bilhões do Fundo da Marinha Mercante.
Enquanto isso, para Estados e Municípios que precisam muito investir em saneamento básico, educação, saúde, segurança e infraestrutura, como é o caso do Pará, o dinheiro só sai a fórceps, e é sempre uma merreca em comparação com as necessidades.
No Brasil, coisas muito estranhas acontecem, como o dinheiro público financiar privatização de estatais e multiplicar a riqueza do seleto grupo dos ricaços, aumentando ainda mais as desigualdades sociais, enquanto as linhas de crédito a micro e pequenos empresários só são fartas em burocracia. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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