O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou hoje, domingo dia 21 de julho, que não disputará as eleições presidenciais estadunidenses, em uma postagem na rede social X. A decisão vem na sequência das crescentes pressões sobre Biden para que desistisse, tendo em vista que preocupações com seu estado de saúde e desempenho devido à avançada idade ganharam destaque no mundo inteiro após o debate televisivo com Donald Trump. A saída de Biden deixa o partido democrata em uma posição sem precedentes a poucos meses do pleito, que acontecerá en 5 de novembro.
Biden anunciou apoio a Kamala Harris como candidata pelo Democrata, porém as avaliações da vice-presidente Kamala também vêm declinando desde 2021 e sua própria campanha nas primárias presidenciais de 2020 desmoronou antes do início das votações.
Os democratas agora terão de travar uma jornada urgentíssima para substituir Biden, que deverá ser precisamente cirurgica perante ao risco de outra vitória de Trump para a presidência. Foram semanas de estratégias executadas por vários líderes do partido democrata para afastar Biden, que até hoje sustentava um posicionamento firme sobre a sua candidatura à reeleição. Com sua saída da corrida presidencial, também é concluída de uma notável carreira política de mais de meio século, que começou quando foi eleito para o Senado em 1972 como um dos senadores mais jovens da história dos Estados Unidos – e agora terminará, em janeiro de 2025, como o presidente estadunidense mais velho de todos os tempos.
Biden deixará o cargo com realizações notáveis, como a aprovação de projetos de lei sobre infraestrutura, mudança climática, saúde, controle de armas e a indústria de semicondutores. Retirou os EUA do Afeganistão, reconstruiu alianças e liderou uma coalizão para defender a Ucrânia contra a Rússia. Seu firme apoio a Israel na guerra de Gaza, no entanto, é motivo de condenação nacional e internacional.
Meus queridos americanos,
Nos últimos três anos e meio, fizemos grandes progressos como nação.
Hoje, a América tem a economia mais forte do mundo. Fizemos investimentos históricos na reconstrução de nossa nação, na redução dos custos de medicamentos prescritos para idosos e na expansão do atendimento de saúde acessível para um número recorde de americanos. Prestamos cuidados extremamente necessários a um milhão de veteranos expostos a substâncias tóxicas. Aprovamos a primeira lei de segurança de armas em 30 anos. Nomeamos a primeira mulher afro-americana para a Suprema Corte. E aprovamos a legislação climática mais significativa da história do mundo. A América nunca esteve melhor posicionada para liderar do que estamos hoje.
Sei que nada disso poderia ter sido feito sem vocês, o povo americano. Juntos, superamos uma pandemia de uma vez por século e a pior crise econômica desde a Grande Depressão. Protegemos e preservamos nossa democracia. E revitalizamos e fortalecemos nossas alianças ao redor do mundo.
Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre apenas em cumprir meus deveres como presidente pelo resto do meu mandato.
Falarei à nação mais detalhadamente sobre minha decisão ainda esta semana.
Por enquanto, permitam-me expressar minha mais profunda gratidão a todos aqueles que trabalharam tão duro para me ver reeleito. Quero agradecer à vice-presidente Kamala Harris por ser uma parceira extraordinária em todo esse trabalho. E permitam-me expressar minha sincera gratidão ao povo americano pela fé e confiança que vocês depositaram em mim.
Acredito hoje no que sempre acreditei: que não há nada que a América não possa fazer quando fazemos juntos. Só temos que lembrar que somos os Estados Unidos da América.
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