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Ontem, Belém foi às ruas na marcha pela erradicação do trabalho infantil. É a primeira cidade do País a se manifestar desta maneira, em pleno combate contra essa chaga social que é nacional. Era muita gente. Parecia o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a Av. Presidente Vagas totalmente ocupada, desde a Escadinha ao lado da Estação das Docas até a Praça da República. Cerca de 20 mil pessoas, entre os quais magistrados, advogados, jornalistas, promotores de justiça, procuradores, empresários, estudantes, Ongs, órgãos governamentais, entidades de classe, grupos religiosos de várias igrejas cristãs e políticos de todas as cores partidárias, marcharam juntos pela mesma causa, de forma ordeira e alegre, porque a intenção não é suscitar ódios e sim empreender ações concretas, reunindo todas as forças sociais. As leis existem, precisam ser cumpridas, e esta é uma responsabilidade coletiva.

O evento foi organizado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região e coordenado pelas juízas Zuíla Dutra – membro da comissão nacional do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil da Justiça do Trabalho – e Vanilza Malcher, ambas gestoras regionais da campanha “Cartão Vermelho ao Trabalho Infantil”, teve apoio de 87 parceiros – entre eles Unicef, TJE-PA, MPE-PA, MPT-PA, OAB-PA, UFPA, Governo do Estado do Pará, Prefeitura de Belém, Fiepa, Faciapa, Sebrae-PA, Associação Comercial do Pará, SRTE-PA, Comissão Justiça e Paz e Cáritas da CNBB Norte II, Sindicato dos Jornalistas do Pará, ORM e RBA – e foi prestigiado pelo ministro Lélio Bentes, do TST, e pelo presidente do TRT8, desembargador do Trabalho Sérgio Rocha.

O prefeito Zenaldo Coutinho, que marchou contra o trabalho infantil, assumiu o compromisso de tomar várias medidas, entre elas ampliar o número de escolas de ensino fundamental em tempo integral, de modo a oferecer, além do ensino propriamente dito, atividades culturais e de lazer e segurança às crianças matriculadas. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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