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Esta foto, feita pelo Tarso Sarraf ontem na Doca de Souza Franco, em Belém, durante a votação da Câmara dos Deputados que determinou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, nem precisa de legenda. E agora? O que será do Brasil?

A sociedade precisa sair do clima de ódio e torpor e exigir que o governo, seja lá de quem for a titularidade, seja capaz de estabelecer uma política macroeconômica sem reverter os ganhos que os mais pobres conquistaram nos últimos anos. E  o investimento na infraestrutura nacional tem que continuar.

Limpar a casa é fundamental. A Operação Lava Jato implica grande parte da elite política e econômica do País. A mediocridade e o baixo nível da política brasileira nunca estiveram tão evidentes. A sociedade já percebeu, estupefata, que nenhum dos que se arvoram a representar o povo está verdadeiramente preocupado com o Brasil e sim na defesa de interesses inconfessáveis. Somente novas eleições gerais podem oferecer um novo começo, de modo a viabilizar as reformas estruturantes que estão há mais de dez anos paralisadas. 

É preciso um governo competente, com bons quadros técnicos que tenham sensibilidade política. Que de fato pratique a meritocracia dos discursos e dê um fim ao aparelhamento político-partidário que anda de mãos dadas com a corrupção. É crucial, sobretudo, a união nacional. Não existe salvador da Pátria. O governo terá que ser de respeito, ético, que não fique refém de partidos, de movimentos sociais ou de determinados segmentos. Que tenha coragem para tomar as medidas necessárias e não compactuar com ilegalidades, diante dos imensos desafios que o País tem pela frente. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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