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Assim como a política, as empresas de telefonia e provedores de internet passam ao largo da ética.

Com tanto corre-corre, só ontem li a IstoÉ de 09.12.2009. Chamou-me a atenção uma foto de Alter do Chão, em Santarém, ilustrando informe publicitário da Vivo travestido de matéria editorial, afirmando que foi a empresa que fez a inclusão digital em Belterra, município vizinho e desmembrado da Pérola do Tapajós, que viveu os áureos tempos da borracha ao lado de Fordlândia, fundada por Henry Ford. Até a reserva do Arapiuns e a comunidade de Suruacá são mostradas como exemplo da bondade da operadora, tão preocupada com a pobreza e exclusão dos ribeirinhos amazônidas (!).

A César o que é de César.

A inclusão digital foi proporcionada pelo programa NavegaPará, do governo do Estado, que levou internet gratuita a localidades do interior do Pará e que, por sinal, está sendo utilizada por empresas inescrupulosas que vendem os serviços aos incautos habitantes locais.

Está passando da hora do Ministério Público agir e punir com rigor essas fraudes de aproveitadores que, além dos moradores dos grandes centros, exploram as comunidades mais pobres da Amazônia, apostando justamente em seu isolamento para se manter na impunidade.

E ainda posam de bonzinhos, na maior cara de pau.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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