Publicado em: 28 de julho de 2025
Nesta segunda-feira (28), doze estudantes e cinco docentes do Instituto Felipe Smaldone (instituição filantrópica que atende crianças, adolescentes e jovens surdos), participaram de uma visita educativa às obras de restauro da Basílica Santuário de Nazaré, em Belém (PA). A atividade, que integra o programa de educação patrimonial do projeto de restauro do templo, salientou a acessibilidade e a inclusão.
Com o acompanhamento de intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais), os alunos percorreram diferentes espaços da Basílica, entre trechos já restaurados e áreas ainda em processo de intervenção. Os visitantes puderam experimentar uma imersão no universo da arquitetura sacra, da preservação patrimonial e da história cultural da cidade.
“É muito importante essa acessibilidade. A figura do intérprete é importante pois garante que eles entendam e participem, que visitem e tirem suas dúvidas sobre o espaço e o restauro. Com a visita, puderam ter essas informações garantidas por conta dos intérpretes”, comentou Leilaine Monteiro, professora de Língua Portuguesa e Libras do Instituto Smaldone.
A aluna Iasmin Vitória, de 11 anos, expressou seu encantamento com a experiência. “Fiquei muito impressionada com a Basílica. Tem a imagem, os anjos, muito legal. Muito obrigada por convidarem a gente aqui”.
A visita reforça o compromisso do projeto de restauro com a democratização do acesso à educação patrimonial, promovendo encontros que respeitam a diversidade de públicos e valorizam o direito à memória cultural.
“Foi muito especial ampliar o acesso ao conhecimento para o público do Instituto Felipe Smaldone. Estamos felizes em proporcionar esse momento de aproximação com o restauro. Falamos de patrimônio, de cultura, de elementos arquitetônicos da Basílica onde os trabalhos estão ocorrendo. Essa comunicação feita com os intérpretes de Libras ajudou a transmitir informações importantes sobre esse prédio histórico tão relevante para a identidade cultural paraense”, explicou Luci Azevedo, coordenadora do Projeto de Restauro.
A professora Magaly Caldas, que integra a equipe do projeto, também destacou o valor pedagógico e inclusivo da iniciativa. “A ação é interessante porque cada sujeito tem uma forma de olhar, de observar as características para se relacionar com o lugar. A gente precisa primeiro falar e depois mostrar os exemplos na Basílica. É importante que saibamos dividir a parte de observação e de sinalização, o que não acontece com os não surdos. É importante esse tipo de ação para entendermos todos os tipos de sujeitos e democratizar o acesso ao patrimônio. Entendendo a Basílica como patrimônio cultural, religioso e econômico, queremos que, em todo esse processo de restauro, ela se torne acessível a todos”, completou.
As obras de restauro da Basílica Santuário de Nazaré são patrocinadas pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).
Fotos: Arcângela Sena





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