Por O escritor, poeta, cronista, ensaísta e professor Affonso Romano de Sant’Anna, membro da Academia Brasileira de Letras, se foi hoje (4) aos 87 anos. Mineiro de Belo Horizonte, autor de mais de 60 livros de poesia e prosa, foi docente na Universidade do Texas, Estados Unidos, na universidade de Colônia, Alemanha, e na Universidade de Aix-en-Provence, França. Suas crônicas lhe renderam o título de um dos dez jornalistas mais influentes do Brasil. Estudou Letras e Filosofia. Sua tese de doutorado pela UFMG versou sobre o conceito de gauche na obra de Carlos Drummond de Andrade. Foi um dos idealizadores do curso de pós-graduação em literatura brasileira na PUC-Rio.
Em sua vasta bibliografia despontam “O intervalo amoroso”, “A cegueira do saber”, “Poesia reunida”, “Como andar no labirinto”, “Tempo de delicadeza”, “O canibalismo amoroso”, “A mulher madura”, “Mistérios gozosos”, “Sísifo desce a montanha” e “Vestígios”.
Era viúvo da também escritora e jornalista Marina Colasanti (1937-2025), que faleceu em janeiro com a mesma idade e venceu 9 vezes o prêmio Jabuti. O escritor completaria 88 anos no próximo dia 27. Sofria do Mal de Alzheimer desde 2017 e estava acamado há quatro anos.
Com a coletânea “Que país é este?” Affonso Romano de Sant’Anna arrebatou o Prêmio Jabuti. O poema teve enorme repercussão: ganhou a primeira página do Jornal do Brasil à época e foi traduzido para o francês, inglês, espanhol e alemão. Impresso em pôsteres, decorou a parede de escritórios, sindicatos, universidades e bares.
Intelectual de renome internacional, popularizou a poesia e modernizou a Biblioteca Nacional, que presidiu de 1990 a 1996. Foi cronista no Jornal do Brasil, O Globo, Estado de Minas e Correio Braziliense.
Paz e Luz à sua alma e conforto aos seus três filhos e demais familiares.
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