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O compositor, cantor, multi-instrumentista, pintor, escultor, folclorista e luthier Raimundo Miranda Amaral, o Mestre Dikinho, um dos maiores expoentes da cultura marajoara e um dos mestres de carimbó mais antigos do arquipélago do Marajó, fez sua Páscoa nesta madrugada (17), em Soure, aos 83 anos. O velório será em frente à sua casa, na Nona Rua, esquina com a Travessa Seis, Bairro Matinha, em Soure, e o sepultamento amanhã (18), às 10h.

Mestre Dikinho transitava por diversos ritmos, como Carimbó, Lundu, Xote, toada de boi, samba-enredo e bossa. Suas canções descrevem o cotidiano dos marajoaras.

Ele participou do grupo parafolclórico Eco Marajoara, depois passou mais de uma década na direção musical do Grupo de Tradição Marajoara Cruzeirinho.

A experiência vivida nos campos do Marajó, a vida de pescador e o convívio com outros Mestres de Carimbó e Boi Bumbá apuraram o talento de Mestre Dikinho e o tornaram profundo conhecedor das tradições do arquipélago.

Mestre Dikinho era detentor de notórios saberes e fazeres e muito querido pela população. Colocou nas ruas de Soure o boi bumbá Sete Estrelas. Fez comédia, cantou, criou adereços, confeccionou o boi e os cavalinhos. Também participou de outros bois bumbás como o Rosa Branca, Pai do Campo e Pingo de Ouro. Desde 2010 liderava a direção musical no conjunto de carimbó Tambores do Pacoval, que revelou seu trabalho para todo o Brasil.

O talentoso artista marajoara ainda confeccionava instrumentos percussivos como tambores, maracas e xeque xeque, que dão ritmo e vida ao carimbó. Ele também pintou e esculpiu e suas obras estão expostas no seu barracão.

Ave, Mestre Dikinho! Que esteja em paz e na Luz eterna e Deus conforte seus sete filhos.

Leilão de antiguidades e obras de arte

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