Poeta, compositor, dramaturgo, professor universitário, Vilar Ferreira nasceu em Marapanim, em 1941, e faleceu neste primeiro de junho, em Belém. Autor de clássicos da literatura amazônica, como “Ventos de Proa”, “Paixão dos Trópicos”, Frutos de Leite”, e “Paragens”, “Roteiro Pessoal & Poético da Querida Santa Maria de Graça de Belém do Grão-Pará” e “O Arco e a Flecha”, todos de poesia, José Maria Vilar Ferreira traduziu e roteirizou poemas de Federico García Lorca no espetáculo “Esta Noite, Lorca”. Em 1976, ganhou o prêmio estadual, em concurso promovido pela então Secdet (Secretaria Executiva de Ciência, Desenvolvimento e Tecnologia), para texto teatral: “A Derradeira Chuva em Arumancuyantepê”. Compôs obras relevantes sozinho e como letrista de seus parceiros Max Martins, João de Jesus Paes Loureiro, José Carlos Maranhão e Ruy Barata. Na época em que estudava Economia, escreveu Show da Verdade com Cantoria e Razão, cuja montagem foi proibida pelo regime militar.
O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, lamentou a morte do amigo: “Foi e continuará sendo um dos mais importantes poetas brasileiros. Tive a honra de conhecê-lo, de compartir com ele a amizade, de acompanhar sua trajetória como servidor público. Homem da resistência a todas as formas de opressão, como à ditadura militar no Brasil, de 1964 até a década de 80. Era compromissado com o futuro socialista – um futuro socialmente justo, ecologicamente equilibrado, democrático, feliz. Fica a obra para imortalizá-lo como semente do amanhã por ele sonhado”.
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