0

Um dos cineastas mais importantes da história do cinema brasileiro, Cacá Diegues faleceu na madrugada desta sexta-feira, aos 84 anos, no Rio de Janeiro. Nascido no dia em 19 de maio de 1940 em Maceió (AL), foi viver  com a família no Rio aos 6 anos de idade. Cursou Direito da PUC-RJ, onde foi presidente do Diretório Estudantil, fundou um cineclube e passou a fazer produções cinematográficas amadoras, junto com colegas como Arnaldo Jabor. Ali surgia o Cinema Novo, movimento inspirado pelo neorrealismo italiano e pela Nouvelle Vague francesa, e marcado pelas críticas políticas e sociais, principalmente durante a ditadura militar. Cacá Diegues foi um dos alicerces, ao lado de Glauber Rocha e Leon Hirszman. Em 1962, dirigiu seu primeiro filme profissional: “Escola de Samba Alegria de Viver” e “Ganga Zumba” (1964).

Em 1969, deixou o Brasil e foi morar na Europa, durante a resistência intelectual e política à ditadura. Ao retornar, na década de 70, dirigiu “Quando o Carnaval Chegar” (1972), “Joanna Francesa” (1973), “Xica da Silva” (1976), “Chuvas de Verão” (1978) e “Bye Bye, Brasil” (1980). No período de retomada do cinema brasileiro, lançou “Tieta do Agreste” (1996), “Orfeu” (1999) e “Deus é Brasileiro” (2002). “O Grande Circo Místico” (2018) foi seu último lançamento como diretor.

Ao longo de sua carreira, conquistou prêmios em festivais nacionais e internacionais. Em agosto de 2018, foi eleito para a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras, na vaga de Nelson Pereira dos Santos.

Sua obra era popular e ao mesmo tempo densa, sabia abordar temas sociais e culturais com sensibilidade e se manteve sempre ativo no debate sobre política, cultura e cinema.

Que esteja em paz e na luz eternas.

Casa BNDES na COP 30 será nos Mercedários

Anterior

Bancada feminina na Câmara define prioridades

Próximo

Você pode gostar

Mais de Notícias

Comentários