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No município de Cachoeira do Arari, a exemplo de outros do arquipélago do Marajó, não há delegado de polícia. Mas, sob as ordens de um fazendeiro conhecido por Assis, três adolescentes quilombolas da Comunidade Rio Gurupá foram detidos na tarde de segunda, 23, na delegacia. Os garotos estariam pegando açaí numa área em disputa pelo fazendeiro e as comunidades quilombolas da região.  O conflito se arrasta há anos e desde 2009 o MPF ajuizou Ação Civil Pública para resolver a questão, sem sucesso. 

O clima na área é tenso.
Um grupo de quilombolas chegou a ir à delegacia para recuperar os adolescentes na marra. Felizmente um jovem que acompanhava os três e escapou  da apreensão mobilizou as mães junto ao Conselho Tutelar, que obteve a liberação, o que evitou uma situação de confronto. Entretanto, u
m dos adolescentes foi agredido com uma coronhada de revólver por um policial, que não permitiu exame de corpo delito.

Perguntinha para lá de pertinente: o que é que a Secretaria de Segurança Pública vai fazer? E o MP?
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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