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O presidente Lula aproveitou este Dia da Mulher para indicar a advogada Verônica Abdalla Sterman ao Superior Tribunal Militar. A indicação agora será apreciada pelo Senado Federal. Se for aceita, será a segunda mulher a integrar a corte, ao lado de Maria Elizabeth Rocha, também indicada por Lula em 2007, no dia 8 de março. O STM foi criado quando Dom João VI chegou ao Brasil, em 1808. E só agora tem a primeira e única mulher a presidi-lo, em dois mandatos.

Verônica é graduada em Direito pela PUC-SP e tem especialização em Direito Penal Econômico pela Fundação Getúlio Vargas (GVlaw), com pós-graduação na mesma área pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) em parceria com a Universidade de Coimbra, em Portugal. É mestra em Direito Processual Penal pela Universidade de São Paulo, e fundadora do escritório Abdalla Sterman Sociedade de Advogados, especializado em Direito Penal e Penal Econômico. Foi assessora e relatora do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-SP. Além do apoio da primeira-dama Janja, ela também conta com o respaldo da ministra Gleisi Hoffmann e do ex-ministro Paulo Bernardo, seus antigos clientes em processos como na operação Lava Jato, e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Em agosto do ano passado, Verônica Sterman foi preterida por Lula para vaga no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3). Na ocasião, o presidente escolheu Marcos Moreira, apadrinhado de Luiz Marinho, ministro do Trabalho.

A cadeira designada à advocacia ficará vaga no mês que vem com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, atual vice-presidente da corte. O governo vinha sendo pressionado por não indicar mulheres para os tribunais, e até a presidente do STM, Maria Elizabeth Rocha, havia cobrado Lula sobre a questão.

A jurista parauara Andreza Smith, advogada e professora na Universidade Federal do Pará, com mestrado e doutorado em Direitos Humanos, além de pós-doutorado junto ao Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, também era candidata ao STM. Ela organizou o Congresso Paraense de Direito Militar pela OAB-PA e é um nome próximo a movimentos sociais. Dedica especial atenção aos grupos vulnerabilizados e às cooperações nacionais e internacionais para divulgar o conhecimento jurídico produzido pelas pessoas da Amazônia, mas não teve força política.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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