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O Pará é o 4º no triste ranking brasileiro
de assassinatos de mulheres, com taxa de homicídios de 6,1 para cada grupo de
100 mil mulheres, acima da média nacional, que é de 4,6. Fica atrás só do
Espírito Santo (9,8), Alagoas (8,3) e Paraná (6,4).

Paragominas é a
cidade onde mais se mata mulheres no Pará e no Brasil, com aterrorizante índice
de 24,7. O município é o campeão entre as 100 cidades mais violentas do País
onde vivem mais de 26 mil mulheres. Outras seis cidades paraenses figuram na
lista das 100 mais violentas para as mulheres: Ananindeua (19,6), na 9º
colocação; Tucuruí (18,5%), no 11º lugar; Redenção (16,1), em 15º lugar, São Félix
do Xingu (11,7) e 40º lugar; Novo Repartimento (10,2), na 64ª colocação e
Barcarena (10,1) e no 65º lugar. Em Belém, a taxa é de 4,9 assassinatos para
grupo de 100 mil mulheres. É a 21ª entre as capitais da matança de mulheres no
País.



Os dados são do
Mapa da Violência 2012, elaborado pelo Instituto Sangari/Ministério da Justiça.
O relatório completo do Mapa da Violência atualizado em 2012 pode ser acessado aqui. Dados da ONU apontam que a violência doméstica é a
principal causa de lesões em mulheres de 15 a 44 anos, no mundo.



A Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito do Congresso Nacional que investiga a violência contra a mulher funciona
desde fevereiro e está em Belém para apurar a situação da violência contra a
mulher e denúncias de omissão do poder público. Fez diligências, hoje,
de manhã e à tarde, na Delegacia da Mulher, no Centro de Referência, na Vara de
Violência Contra a Mulher, na Promotoria de Violência contra a Mulher e reuniu
com o movimento de mulheres.  Amanhã, a
partir das 9h, faz audiência pública na Assembléia Legislativa (Rua do Aveiro,
130, Praça Dom Pedro II, Bairro Cidade Velha)  da qual participarão gestores públicos,
representantes do Judiciário, MP, Defensoria Pública, movimentos sociais e
sociedade civil organizada.

A relatora da
CPMI, senadora Ana Rita, revela que o Brasil é o 7º país que mais mata mulheres
no mundo. As armas de fogo e os objetos cortantes são os meios mais usados para
os assassinatos. “Nos últimos 30 anos
foram assassinadas mais de 92 mil mulheres, 43,7 mil só na última década. O
lar, doce lar não é mais seguro: 68,8% dos homicídios ocorrem dentro de casa e
são praticados pelos cônjuges
”, alerta a senadora.



A CPMI é presidida pela deputada
federal Jô Moraes (PCdoB-MG), e a vice-presidente é a deputada Keiko Ota
(PSB-SP). A Procuradora Especial da Mulher da Câmara dos Deputados, deputada
federal Elcione Barbalho (PMDB-PA), uma das autoras da proposta de criação da
Comissão Mista de Inquérito, acompanha a missão em Belém.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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