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A crise gravíssima que aflige o Paysandu culminou hoje com a renúncia do presidente do clube, Roger Aguilera, alvo de pesadas críticas da torcida, dentro e fora do campo, cuja gestão só aguentou um ano. O anúncio foi feito através de nota oficial no site e nas redes sociais. Em entrevista coletiva, acaba de ser anunciada a nova composição da diretoria. O advogado Márcio Tuma é o novo presidente. Diego Moura continua vice-presidente e Manoel Acácio, presidente do Conselho Deliberativo. O comitê de futebol será mantido e o advogado Bruno Castro é o novo diretor jurídico.

Márcio Tuma fez um pronunciamento durante a coletiva, transmitida pelo canal do Paysandu no YouTube. Contou a sua trajetória no clube, do qual já foi presidente da Assembleia Geral, e apresentou suas diretrizes: formar uma coalizão a fim de unir as pessoas, investir na infraestrutura e na base para ter resultados a médio e longo prazo; formar um time competitivo na performance esportiva, priorizando saúde e equipamentos de preparação física, conciliando com a contratação de novos atletas, mesclando jovens e experientes.

“O momento é de virada de chave”, disse Tuma. Prometeu transparência total, informou que os balancetes estavam publicados até agosto, mas hoje mesmo já estão disponíveis até outubro e vai atualizar em janeiro de 2026. Afirmou também que trabalhará com responsabilidade financeira, para não descumprir contratos nem obrigações. E anunciou que “fará de tudo” para antecipar o salário de dezembro, mantendo os pagamentos em dia. Assumiu, ainda, compromisso com os torcedores e a imprensa de, em noventa dias, apresentar um plano de pagamento das dívidas. Quanto à estratégia que utilizará, o novo presidente bicolor sinalizou oportunidades para os atletas de base e os que estão no entorno, com tratamento pelo menos semelhante ao time profissional e monitoramento do desempenho do Sub-20, e falou de seu desejo de que o Paysandu evolua para ser um clube formador, oferecendo alojamento adequado e local de treino digno para os jovens atletas.

Este ano o Papão viveu a pior temporada na história recente. Ficou na lanterna da Série B do Campeonato Brasileiro, com só cinco vitórias em 38 jogos, foi rebaixado para a Série C e perdeu a final do Parazão para o Remo, seu maior rival.

Além da queda, veio o coice. Oito atletas ajuizaram ações perante o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, cobrando valores superiores a R$ 13 milhões, envolvendo salários atrasados desde setembro, direitos de imagem pendentes desde julho, além de FGTS, 13º salário e outros direitos trabalhistas.

A fase é de extrema turbulência e penúria. O Paysandu precisará se reinventar tanto na área esportiva quanto na administrativa.



Entre queda e acesso, 2025 termina e o futuro já bate à porta de Paysandu e Remo

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