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O arquiteto, fotógrafo, escritor, pesquisador e historiador lusobrasileiro Reinaldo Silva Jr. lança nesta quinta-feira, 18, a partir das 18h, no Garden 821 (Trav. 9 de Janeiro, 821), “Entre as Águas, em Meio à Floresta. O Grão-Pará, sua Capital, História e Origens”, com curadoria, design gráfico, tratamento de imagem e criação da capa por Cleide Borsoi.

O autor conta que, diferentemente do Brasil, colônia transformada em país, o Grão-Pará, ocupante do território amazônico, foi comutado em província. Em seus grandes espaços de florestas e rios, sua História transformou ficção em realidade. A ideia inicial seria um álbum com imagens de Belém, e veio a se transformar em um profundo estudo da história da ocupação humana da Amazônia.

“Por esses terrenos obscuros e de contraditórias interpretações é que o autor transita para apresentar a sua visão dos caminhos que a região percorreu”, diz, no prefácio, a arquiteta urbanista Jussara Derenji, mestre em História.

O posfácio é do jornalista, sociólogo e professor Lúcio Flávio Pinto, que pontua:
“Uma interpretação que lança sobre o presente e o amanhã pontes de trânsito da história de uma região e do seu povo, continuamente submetidos à vontade do agente de fora, do colonizador, do dominador, que arrasta consigo uma cultura incapaz de entender a Amazônia”.

Já na introdução, o romancista, dramaturgo, poeta, contista, cronista e jornalista Edyr Augusto Proença, membro da Academia Paraense de Jornalismo, adianta:

«Como também sou interessado, li com voracidade, encontrando ainda detalhes desconhecidos. E senti vergonha pela ignorância geral e falta respeito à nossa história. Talvez seja por isso que hoje sejamos tão pouco combativos e aceitemos tudo o que nos é imposto, pois uma coisa é certa, a colonização nunca foi embora. Permanece instalada, pra onde quer que olhemos. Senti-me envergonhado, sem saber onde começar. Talvez seja por isso que, no fundo, detestemos tanto Belém. Tratamos como lixo. Somos egoístas. Moramos, alguns, em palácios de 40 andares, mas quando descemos e pisamos na rua, é na lama. Viajamos (alguns) para todo o mundo e nada trazemos para a Cidade. Egoísmo. Ressentimento contra a Cidade que não conhecemos». Será que um dia isso vai acabar? Enquanto isso, estou com Reinaldo Silva Jr. e seu belo livro. Leiam.”

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