Publicado em: 12 de novembro de 2025
Em seu terceiro dia, a COP30 estava hoje (12) em ambiente tenso. Forte aparato policial, envolvendo a Força Nacional, Polícia Federal, Exército, Cavalaria e vários Batalhões da Polícia Militar do Pará a postos cercando o Parque da Cidade e dentro da COP 30 em Belém. Mas o dia foi tranquilo. Apenas um incidente na Green Zone, quando um homem foi imobilizado com golpe “mata-leão” e uma mulher empurrada pela segurança privada da ONU. Choveu mas não causou transtornos, os estrangeiros encaram com bom humor e ficam admirados ao ver um temporal acabar em poucos minutos e logo o sol brilhar de novo.
Na Blue Zone permanece o impasse sobre como incluir o financiamento na agenda formal das negociações. Foram prorrogadas até sábado as consultas das delegações diplomáticas sobre o tema, a portas fechadas.
Logo cedo houve a Barqueata da Cúpula dos Povos, com saída no campus Guamá da Universidade Federal do Pará, onde está a Aldeia COP, abrigando três mil indígenas de todo o país, que chegaram a Belém em caravanas e reivindicam a demarcação de terras indígenas. O ato reuniu mais de duzentas embarcações e cinco mil participantes de sessenta países, segundo os organizadores.
O lendário e quase centenário cacique Raoni Metuktire vem criticando duramente a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas, liberada pelo Ibama.
Na Casa do Povo, no bairro Reduto, que reúne movimentos sociais, pastorais e organizações ambientais, logo na entrada há uma lista com milhares de nomes de pessoas mortas na defesa do meio ambiente, da reforma agrária e dos direitos humanos em todo o mundo. Nas salas, cartazes, faixas e bandeiras cobrem as paredes.
Ontem (11), em um painel que discutia a relação entre trabalho escravo e mudanças climáticas, um participante da fronteira do Acre com o Peru relatou episódios de venda irregular de créditos de carbono e a presença de facções criminosas na grilagem de terras.
Em 2024, uma área de 5.700 km2 do sertão do São Francisco, divisa entre Pernambuco e Bahia, teve o status alterado de semiárido para árido. A região é atualmente a mais seca do Brasil e há forte tendência a se tornar o primeiro deserto do país. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), responsáveis pela reclassificação.










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