Publicado em: 31 de agosto de 2025
Fazia tempo que não assistia a uma montagem tão densa como a de Helena Blavatsky, a voz do silêncio, com a atuação estupenda de Beth Zalcman – aplaudida calorosamente de pé pelo teatro lotado -, texto da filósofa Lúcia Helena Galvão. Durante uma hora da peça a plateia fica mergulhada em profundas reflexões.
Madame Blavatsky foi escritora, filósofa, espiritualista e esotérica, sobretudo uma mulher à frente do seu tempo, de personalidade complexa ainda hoje, embora tenha nascido na Rússia (hoje território da Ucrânia) em 1831. Numa época em que isso era impensável, deixou para trás um casamento infeliz e andou pelo mundo, conseguindo se destacar na Inglaterra, EUA, Índia e Tibet (foi a primeira mulher a viver entre os monges).
Imaginem uma mulher russa divorciada, paranormal e intelectual transitando nos círculos mais importantes em Londres e Nova York, influenciando ninguém menos que o Mahatma Ghandi quando ele tinha 20 anos… tal feito até hoje é revolucionário.
Ainda há ingressos disponíveis para assistir à sessão de hoje, será a última em Belém.
Parabéns à Nova Acrópole Pará por trazer tão belo espetáculo a Belém.
E às grandes empresas, que poderiam e deveriam patrocinar uma peça de tamanho valor, mas não valorizam a cultura: repensem.
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