Publicado em: 25 de julho de 2025
Há uma arma silenciosa que atravessa os tempos sem fazer alarde — mas quando atinge, nunca erra o alvo. Carregada de tintas e tempestades, ela não mata corpos, mas sepulta ignorâncias. É a pena do escritor. É a palavra insurgente que não se dobra.
Escrever é um ato de resistência. É forjar trincheiras em folhas brancas e incendiar consciências com sílabas acesas. Quando um escritor dispara, cada frase é uma bala que perfura o torpor e acorda a alma. Não há colete à prova de metáfora, não há blindagem contra a força de um parágrafo que carrega verdade.
A escrita é rebelião e redenção. É a revolta contra o silêncio imposto, a reconstrução de mundos por meio de frases insurgentes. A caneta do escritor é espada e cura, ferida e bálsamo. Quem lê não sai ileso — é tocado, transformado, transbordado.
Neste 25 de julho, rendo homenagem àqueles que se erguem como sentinelas do verbo, arquitetos da linguagem, escultores do pensamento. Àqueles que, ao invés de atirar chumbo, disparam ideias. Que não impõem medo, mas libertam mentes. Que não erguem muros, mas pontes entre a razão e o sonho.
Celebrar o escritor, a escritora e a escrita é reconhecer que há mais poder numa página sincera do que em mil discursos vazios. É entender que o conhecimento é um paraíso ao qual se chega sangrando — pelas palavras que nos ferem de lucidez, pelas histórias que nos rasgam de humanidade.
Aos que escrevem com o coração em chamas e a mente em rebelião, nosso profundo respeito. Que sigam munidos de suas balas de tinta, prontos para mais uma batalha contra o esquecimento, o obscurantismo, a mentira.
Porque enquanto houver escritores, haverá esperança.
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