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O governador Helder Barbalho gravou hoje (27) um vídeo, que veiculou em suas redes sociais, tranquilizando a população parauara quanto à extinção da Funtelpa e da Fundação Cultural do Pará, que constava no projeto de lei n° 701/2024, enviado pelo Executivo à Alepa e retirado de tramitação. Afirmou que tudo foi um equívoco, que se tratava de “estudo” da Seplad, propondo reestruturação da máquina administrativa, a fim de economizar para “fazer obras”.

Helder reconheceu as muitas críticas como justas e deu sua palavra de que não irá extinguir as duas fundações, o que é uma ótima notícia.

A capacidade de aceitar críticas engrandece e deveria ser algo intrínseco a todo e qualquer político, ainda mais governante. Ouvir o clamor popular é fundamental para se manter conectado à realidade, pois o círculo palaciano não se esmera em contar verdades. O ritual do poder é tragicômico: quando o governante ri, todos riem. Quando franze o cenho, idem. E assim la nave va. É preciso ter coragem e coerência e exercer a cidadania.

Resta saber se os demais órgãos públicos serão extintos. Como numa HQ da turma do Asterix, o céu caiu também sobre o esporte, a agricultura familiar, a educação, os direitos humanos e de cidadania, além da cultura e da comunicação pública.

As secretarias da Mulher, da Igualdade Racial e Direitos Humanos, a de Esporte e Lazer e a de Agricultura Familiar, a Escola de Governança Pública do Estado do Pará, a Fundação de Apoio para o Desenvolvimento da Educação Paraense (Fadep) e a Companhia de Portos e Hidrovias (CPH) são igualmente importantes. Precisam de dirigentes competentes e articulados e de dotação financeira e orçamentária para que cumpram suas respectivas missões.

O governador faria um bem enorme se manifestando sobre todo o conteúdo do malfadado PL 701/2024, concebido por alguma cabeça iluminada que certamente não ama o Pará.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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