Na manhã desta segunda-feira (18), o Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, em Belém, lançou o descartômetro para medicamentos vencidos ou em desuso, uma ferramenta importante na gestão ambiental e na saúde pública. O evento foi realizado no Novo Serviço de Ambulatório Médico, prédio anexo à instituição, com a presença de usuários, acompanhantes e servidores. Além do ambulatório, os dispositivos também foram instalados no prédio principal do hospital e na Clínica de Hemodiálise Monteiro Leite.
O descartômetro faz parte de uma iniciativa para incentivar a destinação correta de medicamentos e conscientizar sobre os riscos do descarte inadequado. Durante o evento, atividades educativas abordaram os benefícios do uso racional de medicamentos e a importância de práticas seguras para o meio ambiente e a saúde.
De acordo com a farmacêutica Úrsula Araújo, coordenadora do Serviço de Farmácia do HC, a implantação do descartômetro é uma resposta ao problema recorrente de descarte inadequado de medicamentos. “Muitas vezes, o paciente não sabe onde descartar ou descarta no lixo comum, o que é muito ruim para a população, porque a gente ainda tem um lixão onde as pessoas ainda catam o lixo. Então, a ideia é justamente diminuir o risco para a população em geral e fazer o trabalho de sensibilização para nossos usuários”, explicou.
Os medicamentos descartados de forma errada podem causar contaminação do solo e da água, além de expor catadores de recicláveis e animais a produtos perigosos. Com o descartômetro, o HC busca liderar pelo exemplo, promovendo a logística reversa como solução para o problema.
O aposentado Jorge Clementino Ferreira, que acompanha sua esposa em tratamentos no HC há mais de 14 anos, elogiou projeto. “Eu achei excelente! Muito boa mesmo! E eu quero aproveitar e falar sobre esse prédio aqui, que ficou uma maravilha. O atendimento aqui está sendo excelente. E sobre descartar a medicação, eu já tinha alguma ideia de como fazia isso. Inclusive, eu faço isso nas farmácias”, comentou.
A diretora-presidente do HC, Heloisa Guimarães, reforçou a importância do descartômetro. “É muito interessante, muito importante a gente ter esse dispositivo no hospital para que as pessoas possam trazer das suas casas aquelas cartelas de remédio que estão vencidas, os xaropes que estão vencidos, porque é um risco ter isso em casa. O idoso pode se confundir e tomar o remédio errado, a criança pode pegar e tomar o remédio. Além disso, quando vai para a rua e é descartado no lixo comum, pode ser mexido por animais ou até machucar pessoas que trabalham com reciclagem, além de contaminar o meio ambiente e o lençol freático”, afirmou.
A programação do evento incluiu uma ação especial para pacientes diabéticos, em alusão ao Dia Mundial do Diabetes, no dia 14 de novembro. Além do descarte de medicamentos, foram abordados cuidados específicos para insumos utilizados no tratamento da doença, como seringas, agulhas, tiras reagentes e lancetas.
“O paciente diabético tem vários insumos para descartes, como a seringa, a agulha, a tira reagente, a lanceta. Então, preparamos essa ação para esses pacientes também”, complementou Úrsula Araújo.
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