Na cidade de Tangerang, Indonésia, um homem de trinta e seis anos foi preso após vender o próprio filho, de apenas onze meses, por 955 dólares (cerca de R$ 5 mil), com a finalidade de usar o dinheiro para apostar online. O caso, noticiado pelo The Telegraph, gerou grande comoção internacional. Identificado pelas iniciais R.A., o pai utilizou o Facebook para negociar a venda da criança. A mãe, ao retornar para casa e perceber a ausência do bebê, entrou em desespero e acionou a polícia, que rapidamente iniciou as investigações. De acordo com o chefe da polícia de Tangerang, R.A. confessou a venda após ser pressionado durante o interrogatório.
Os policiais identificaram uma publicação em um grupo do Facebook onde pessoas buscavam comprar bebês. Através dessa pista, chegaram ao local onde o bebê estava sendo mantido, em uma casa alugada em Tangerang, na companhia de dois adultos. Ambos foram presos sob suspeita de integrar uma rede de tráfico humano. A Indonésia aplica penas de até quinze anos de prisão e multas que podem chegar a 600 milhões de rúpias indonésias (cerca de R$ 211.846,54) para crimes de tráfico de crianças. Há apenas um mês, outra rede de tráfico de bebês foi desmantelada em Depok, ao sul de Jakarta, onde oito pessoas foram presas por comercializar crianças em plataformas online.
Assim como na Indonésia, o Brasil tem enfrentado um aumento significativo no número de pessoas envolvidas em apostas online, especialmente após a legalização das apostas esportivas em 2018. A facilidade de acesso e a popularidade dos aplicativos têm levado muitos brasileiros a gastar grandes somas de dinheiro nessas plataformas. São muitos os casos de endividamento e problemas sociais associados a essa prática, incluindo segurados por programas sociais como o Bolsa Família que perdem todo o benefício para as apostas, o que levou o Governo Federal a lançar um programa de ações para conter os chamadas bets.
Foto de Luma Pimentel na Unsplash
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