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Situação inusitada de dois políticos parauaras homônimos, do mesmo partido e com idêntica condenação: em Óbidos, na região oeste do Pará, o atual prefeito Jaime Barbosa da Silva, concorrendo sub judice, teve  60,95% dos votos (19.452), e em Cachoeira do Arari, no arquipélago do Marajó, o ex-secretário regional de Governo Jaime Barbosa teve 61,2% dos votos apurados (9.533), mas nenhum dos dois está eleito. É que ambos tiveram seus respectivos registros cassados e foram declarados inelegíveis por oito anos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará, que decidiu nos dois processos por esmagadora maioria (6×1). Além do nome, do partido, das sentenças mantidas pelos acórdãos e do placar no TRE, eles tiveram o mesmo relator, juiz da classe jurista Marcelo de Lima Guedes, o único favorável aos recursos, e até o percentual de votos no pleito municipal foi praticamente o mesmo.

A dupla teve suas candidaturas indeferidas por pendências insanáveis junto ao Tribunal de Contas da União e ao Tribunal de Contas do Estado. 

Os dois Jaimes estão recorrendo ao TSE. Mas, em entrevista exclusiva, o presidente do TRE do Pará, desembargador Leonam Gondim da Cruz Jr. , informou ao portal Uruá-Tapera que é remota a hipótese de serem derrubadas as decisões do Tribunal Regional, pela clareza do entendimento, que segue exatamente a jurisprudência dos tribunais superiores. Então haverá novas eleições nos dois municípios, no ano que vem. A partir de janeiro de 2025 os presidentes das Câmaras Municipais de Óbidos e Cachoeira do Arari assumirão as Prefeituras até que os novos prefeitos sejam eleitos. Detalhe: de acordo com o magistrado, nenhum dos dois poderá concorrer nesse novo pleito, já que estão inelegíveis por oito anos.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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