Desde a sua fundação em 1955 o CCBEU formou gerações que ganharam o mundo através do idioma, promovendo inovação e excelência acadêmica, cultura e intercâmbio entre Brasil e Estados Unidos. Referência no ensino da língua inglesa, a instituição também criou laços afetivos com a sociedade e se tornou espaço cultural marcante em Belém do Pará, com o Museu de Artes Brasil-Estados Unidos, a Galeria de Artes Edgard Contente e o Cine-Teatro, onde são realizados muitos eventos. No último dia 26 uma emocionante cerimônia celebrou os 69 anos do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos com programação artística e institucional liderada pela presidente, Ana Celeste Franco, e prestigiada pela adida de cultura, educação e imprensa da Embaixada dos EUA, Elizabeth Detmeister.
A noite foi marcada pela acolhida aos novos sócios do CCBEU e homenagem especial ao advogado, professor e colecionador Jorge Alex Athias, por sua inestimável contribuição à instituição, à arte e cultura. Personalidade relevante no cenário jurídico e cultural, Jorge Alex foi saudado pelo vice-presidente do CCBEU, Thiago Lima, que realçou na sua trajetória ter sido procurador-geral do Estado e o mais jovem secretário de Estado da Fazenda, exemplo brilhante de compromisso com a valorização da arte, refletido em sua vasta coleção de obras, além de inspiração para aqueles que apreciam peças em seu escritório ou nas exposições às quais ele gentilmente cede seu acervo. Thiago Lima enfatizou que a galeria de arte do Mabeu “tem o dedo” de Jorge Alex e é um legado que enriquecerá as futuras gerações, tornando a cultura e a arte acessíveis a todos: a galeria é aberta e recebe diversas escolas públicas para formar novos olhares. “Ele também teve dedicação à construção do teatro, sempre acreditou que a arte é um pilar essencial para a sociedade e sua contribuição nos leva a crer que com esforço e paixão podemos ser agentes transformadores, o que é fundamental que sejamos hoje em dia. Portanto, esta honraria que hoje lhe concedemos é mais do que justa. É um reconhecimento de sua paixão, do trabalho e do impacto duradouro que teve e tem na cultura paraense”.
Jorge Alex Athias afirmou que o Centro Cultural lhe deu tudo o que precisava ter como instrumental, como homem, professor, estudante e intelectual. Rememorou ter se matriculado aos 13 anos de idade e aos 18 já ser professor do CCBEU, assim como sua filha. Foi duas vezes presidente do Centro, e é o mais antigo presidente vivo (não o mais velho), e recebeu a homenagem também em nome de todos aqueles que o antecederam e que foram posteriores, em especial Gileno Chaves, José Augusto Torres Potiguar e Yeda Potiguar; Carlos Amílcar Pinheiro, Amílcar Câmara Leão, Glória Caputo, Lincoln José da Gama Costa e Ana Franco, que conduzirá a celebração dos 70 anos do CCBEU, no mesmo ano da COP no Pará. “É absolutamente necessário que o Centro Cultural esteja inserido nas atividades da COP 30. Quem conhece aqui sabe o que significa frequentar a biblioteca, ouvir jazz, ouvir professores interessados em literatura, sabe da importância cultural que têm os Estados Unidos também, que muitas vezes não se presta atenção na cultura norte-americana e na nossa própria cultura, essa simbiose, essa troca entre a cultura brasileira e a cultura americana. E dizer para vocês, finalmente, que o Centro Cultural Brasil e Estados Unidos é uma instituição quase pública, no melhor sentido da palavra. Ela não pertence privadamente a ninguém. Ela pertence à cidade. Ela pertence ao cenário cultural de Belém. Então é essa instituição, com essa importância, com essa longevidade, que a gente espera que continue. E eu vejo nos novos membros que serão admitidos agora o futuro que a gente espera que o CCBEU tenha. Eu olho o passado com uma certa saudade mas prefiro olhar com confiança para o futuro e ver as pessoas que doravante vão assumir a responsabilidade de conduzir o CCBEU certamente para outros patamares. Eu agradeço a homenagem, na verdade em nome de todos esses ex-presidentes, servidores, participantes, curadores. Muito obrigado”.
A presidente Ana Celeste Franco, o vice-presidente Thiago Lima e os diretores João Adário e José Mário da Costa Filho diplomaram os novos sócios do CCBEU: Betânia Fidalgo Arroyo, Clóvis Carneiro, Isan Anijar, Paulo Victor Squires, Marcelo Pinheiro, Lívia Conduru, Daniel Silveira, Eduardo Vanconcelos, Leopoldo Couceiro, Oscar Pessoa, Paulo Storino, Lucca Mendes, Roberto Xerfan, Guarany Jr. , Arthur Siso, Danilo Consenza, Ismaelino Pinto, Albano Martins Jr., Frederico Chimiti Jr. , Alex Rodrigo Mascarenhas, João Paulo Mendes, Sérgio Mendes, Rose Maiorana e Franssinete Florenzano. Clóvis Carneiro agradeceu a deferência em nome de todos. A cantora Sandra Duailibe fez um pocket show, acompanhada ao piano por João Daibes, muito aplaudidos.
“A Embaixada dos Estados Unidos tem orgulho de apoiar o CCBEU. Este ano não só celebramos o aniversário dos 69 anos da CCBEU, como também os duzentos anos das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e o Brasil. Ao longo deste ano do bicentenário, os EUA e o Brasil têm colaborado, e isto é importante para as nossas democracias, a fim de promover os direitos humanos, criar oportunidades para todos e proteger o meio ambiente. Reconhecemos a importância de incluir as comunidades amazônicas na conversa sobre o combate à crise climática. No último ano, oferecemos oportunidades em aprendizado no idioma inglês para mais de duzentos jovens amazônidas que puderam participar de fóruns internacionais como a ONU. Também apoiamos recentemente 24 jovens influenciadores amazônicos em seus esforços para combater a desinformação e dar visibilidade às aspirações e desafios de suas comunidades. Aqui mesmo, em parceria com o CCBEU Belém, apoiamos o projeto Voices Packs para amplificar as vozes das comunidades locais negras e indígenas. Oferecemos para eles a plataforma e ferramentas para compartilhar suas experiências e desafios através de podcast. Não podemos esquecer os programas MECA, que encantam os jovens com ciência e tecnologia e que os favorecem no futuro”, pontuou a adida cultural norte-americana Elizabeth Detmeister.
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