0

Nesta quinta, 22, às 18h, na Sala 11 do Hangar, o Instituto Histórico e Geográfico do Pará, através de sua Comissão de Folclore, homenageia o músico, cantor e compositor Pinduca com a Medalha Barão de Marajó, além do diploma de honra ao mérito pelos relevantes serviços prestados à dança e ao carimbó paraense.

O presidente da Comissão de Folclore do IHGP, Walbert Monteiro, fará uma palestra acerca da importância do folclore, assim como a professora doutora Sidiana Macedo. Também haverá uma saudação especial pela escritora Nazaré Melo, integrante da Comissão, baseada na biografia do Rei do Carimbó. E o violonista, compositor, pesquisador e escritor Salomão Habib executará um pocket show tendo no repertório clássicos do carimbó. O evento tem apoio cultural da Secult.

Aos 86 anos, Pinduca Gonçalves esbanja disposição e continua com a agenda repleta de compromissos. Compositor, cantor e instrumentista, ele foi o primeiro a gravar disco de carimbó e modernizou o ritmo paraense nos anos 1970, acrescentando instrumentos elétricos e bateria. Suas ações aproximam o público jovem do carimbó e expandem a popularidade do ritmo para além do estado do Pará. Nascido em Igarapé-Miri (PA) em 1937 e batizado Aurino Quirino Gonçalves, seu pai era professor de música e foi com ele que aprendeu as primeiras notas musicais. Pinduca começou a tocar pandeiro aos 14 anos, nas celebrações de Nossa Senhora do Rosário na vila de Maiauatá.  Durante a alvorada que dava início aos festejos às 5h da madrugada, inovou ao levantar e dançar enquanto tocava suas maracas. Era o começo da trajetória de sucesso. Aos 16 anos, ele se mudou para Abaetetuba, onde participou da Orquestra Brasil. E se tornou baterista da Orquestra de Orlando Pereira, em Belém. Seguiu carreira na Polícia Militar até chegar a Tenente Mestre da Banda de Música da PMPA.

Em 1957 já tinha sua própria banda, e enquanto preparava a decoração dos chapéus de palha para uma apresentação de quadrilha em festa junina, ele deu nomes caipiras aos chapéus, e assim surgiu o nome Pinduca. Gravou em 1973 seu primeiro disco, influenciado pela Jovem Guarda e pela música caribenha. Ele também popularizou o ritmo da lambada, música instrumental, misturando elementos do Pará (carimbó e siriá) com influências latinas da cumbia colombiana e do merengue dominicano.

Em 2005 Pinduca recebeu a Ordem do Mérito Cultural e em 2017 ganhou o Grammy Latino.

“Yes, she can”: Obama adapta seu slogan para apoiar Kamala Harris

Anterior

Horário eleitoral gratuito

Próximo

Você pode gostar

Comentários