A obra do poeta Jetro Fagundes, na linguagem única do cordel, será um dos lançamentos da Imprensa Oficial só Pará na 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes. Os primeiros exemplares do livro “Marajoando em Cordel” já foram entregues ao autor. A publicação da Editora Pública Dalcídio Jurandir será mais um dos lançamentos do estande da Ioepa.
O presidente da Ioepa, Jorge Panzera e o coordenador da Editora Dalcídio Jurandir, Moisés Alves, foram brindamos com a receita de alguns poemas do livro, entre eles um agradecimento do autor, em cordel, pelo apoio da instituição à literatura e aos escritores locais. “Pela sua importância nos apegos sociais, de extrema relevância aos literários locais, à Ioepa eu agradeço deixando o meu apreço por seus tons especiais” são os versos impressos na orelha do livro.
Nas páginas de “Marajoando em Cordel”, Jetro Fagundes – vendedor de farinha no Marajó e em Ananindeua (Região Metropolitana de Belém) – fala sobre os 17 municípios marajoaras.
Também conhecido como o “poeta farinheiro”, na definição de Ubiraci Conceição, que assina a apresentação do livro, Jetro Fagundes nasceu na zona rural do município de Breves, mas vive há mais de 50 anos em Ananindeua, onde recentemente fundou a Alanin (Academia de Letras de Ananindeua). Também incentivou a criação da Academia de Letras do Marajó, e agora a Academia de Belém, voltada para poetas de rua e populares, que será fundada no próximo dia 12 de agosto.
O poeta conheceu o cordel quando, ainda jovem, vendia jornal pelo Mercado do Ver-o-Peso. Segue a vida estimulando a criação de academias para fortalecer o movimento de autores populares. “Não tem como a gente ter contato com o cordel e não querer escrever sobre cordel. Eu aprendi a ler e a escrever lendo literatura de cordel”, conta Jetro.
Para Jorge Panzera, Jetro Fagundes é “um grande escritor popular, que vem fazendo trabalho grandioso de incentivo não só ao cordel, mas de mobilização de poetas populares em torno da criação de academias literárias, movimentos importantes e que também contam com o nosso apoio”.
O gestor disse ainda que esta etapa de entrega de livros aos autores é importante, pois é mais um momento de diálogo com os escritores para acertar detalhes sobre a programação de lançamentos na Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes.
“Temos mais outras entregas para fazer, e durante a Feira devemos lançar pela Editora em torno de vinte novos livros”, adiantou Jorge Panzera.
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