Por Acontecimento astronômico do ano, o eclipse anular do Sol, no último dia 14, reuniu milhares de pessoas em todo o Pará e teve atenção especial do Núcleo de Astronomia (Nastro) da Universidade Federal do Pará, permitindo observações seguras em diferentes localidades do Estado. Em Belém, o Nastro se fez presente na Orla da UFPA. O “anel de fogo” pôde ser visto também no Calçadão do Pedral, na Orla de São Félix do Xingu, e até em uma aldeia indígena.
Na avaliação do Coordenador Geral do Nastro/UFPA, professor doutor Luís Crispino, foi um dos maiores e mais importantes eventos de observação astronômica promovidos pela UFPA, não só pelo número de pessoas envolvidas, mas também pelos diferentes pontos de observação simultânea. “As observações foram um sucesso absoluto! As imagens do público mostram um momento de grande confraternização entre as pessoas, celebrando a Ciência e nossa localização no Universo, maravilhadas com um esplêndido espetáculo da natureza”, disse, entusiasmado, o professor, em entrevista exclusiva ao portal Uruá-Tapera.
No campus básico da UFPA, em frente ao prédio de aulas Mirante do Rio, centenas de pessoas ficaram ao longo da bela orla do rio Guamá. E desta vez as condições climáticas não deixaram a desejar. Todos saíram da UFPA não só com as imagens do eclipse em suas memórias, mas também em seus smartphones, com auxílio precioso dos equipamentos disponibilizados pelo Nastro. As observações na UFPA ocorreram sob a coordenação do professor doutor Jorge Castiñeiras, da Faculdade de Física da Universidade.
Luís Crispino alertou que “a observação de um eclipse do Sol exige cuidados para evitar danos permanentes e irreversíveis à visão. O Nastro se fez presente para garantir a segurança, utilizando como recursos projeções em anteparos e a utilização de filtros apropriados. Foram vários telescópios e dezenas de filtros disponibilizados para o público, gratuitamente”, destacou o professor.
As observações em São Félix do Xingu receberam apoio da Prefeitura do Município, especialmente da Secretaria Municipal de Educação, chefiada por Roselma Feitosa. O ponto que reuniu o maior número de participantes foi o Calçadão do Pedral, na orla da cidade. Centenas de pessoas compareceram e ali foi um dos melhores pontos no Brasil para observar o eclipse.
“Na cidade de São Félix do Xingu as pessoas puderam se maravilhar com o ‘anel de fogo’, formado quando a Lua fica em frente ao Sol desta maneira peculiar, constituindo uma das mais belas visões de eclipses do Sol. Uma imagem e um momento para as pessoas guardarem para sempre em sua memória”, relatou o professor.
Ainda no município de São Félix do Xingu, o Nastro/UFPA promoveu observações na aldeia indígena Tepdjáti, situada a dezenas de quilômetros da sede do município. Ali, pela primeira vez, puderam ver um telescópio e, mais que isso, observar, por meio do instrumento, um grande espetáculo da natureza. As atividades na aldeia foram coordenadas por Igor Coimbra, do Nastro, e supervisionadas por Rosinaldo Ribeiro, coordenador pedagógico do Departamento Escolar Indígena do município, além de serem acompanhadas pelo professor indígena Bepgogoti Kayapó e por duas outras professoras responsáveis pela educação na aldeia indígena.
“Poder proporcionar esta experiência a uma comunidade indígena é, sem dúvida, uma das maiores realizações do Nastro/UFPA“, enfatizou Crispino.
Além das observações organizadas pelo Nastro, houve outras atividades organizadas em todo o Estado, como as promovidas na cidade de Óbidos, pelos alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Prof. Maurício Hamoy, coordenados pela Profa. Bárbara Castro; pelos alunos da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém, coordenados pela Profa. Nilzilene Gomes; e as organizadas em Canaã dos Carajás, que coincidiram com a inauguração do novo planetário da cidade. O Planetário do Pará, da UEPA, também promoveu observações seguras para o público.
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