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Nunca antes, ao longo de seus 700 anos, o Parlamento britânico viveu tantos escândalos, denunciados sistematicamente pela imprensa: uso abusivo de verbas públicas para moradia, reembolsos indevidos para bancar despesas pessoais e até especulações no mercado imobiliário. Os ingleses não contaram conversa: os envolvidos não poderão se candidatar à reeleição. E o presidente da Câmara dos Comuns, Michael Martin – cuja mulher gastou ano passado o equivalente a R$14 mil em táxis -, renunciou ao cargo – fato inédito há 314 anos – , em discurso-relâmpago de exatos 34 segundos.
Isso lembra alguma coisa parecida aqui no Brasil? No Congresso Nacional, as mulheres (e as outras) dos parlamentares viajam é de jato, em trajetos internacionais, com direito a hotéis com SPA e circuito de compras. E nem passa perto de José Sarney e Michel Temer fazer algo por conta disso. Muito menos renunciar.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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