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O faturamento a partir da madeira de origem ilegal, pode chegar a cerca de R$ 2 bilhões/ano, considerando o volume de madeira legal movimentado no Sisflora em 2007 e 2008, de R$ 4 bilhões em cada ano. A Secretaria passou ao MPF e à Polícia Federal cópias de processos sob suspeita e senhas de acesso direto ao sistema e aos arquivos do Ceprof/Sisflora. Foram identificados dois casos de ajuste de crédito feitos sob mesmo padrão e senha, nos municípios de Pacajá e Anapu. Em um, o volume autorizado originalmente era de 12 mil metros cúbicos e foi ajustado para 55 mil m3. Em um mesmo dia foram feitos dois lançamentos, sob a justificativa “ajuste de crédito realizado devido a erro de digitação”. O segundo foi ajustado de 42 mil m3 para 49 mil m3, com igual justificativa. Os dois projetos já haviam sido explorados até o limite licenciado.
São várias as espécies autorizadas, dentre elas ipê, maçaranduba, angelim e sucupira, todas de alto valor comercial. Tomando a média dos preços do mercado paraense, a fraude rendeu pelo menos R$ 15 milhões.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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