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Esta semana é decisiva na formação dos consórcios que disputarão o leilão da usina de Belo Monte. Desde quinta-feira, com as condições aprovadas pelo TCU, tem sido intensa a negociação entre as empresas e a atuação do governo federal para garantir a competição contra o consórcio liderado por Odebrecht e Camargo Corrêa. O governo federal está usando não só os fundos de pensão como também o BNDES.

Para dar força à Andrade Gutierrez – que também fez os estudos de viabilidade da UHE – na formação de grupo para competir à altura, a Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) abriu mão da sociedade que pretendia formar com todas as empresas que têm participação relevante: Vale, Neoenergia e CPFL. A CPFL, controlada pela Camargo Corrêa, deverá selar a associação com a Odebrecht. Mas Vale e Neoenergia são os trunfos para garantir competição à Andrade. A Votorantim também deve entrar nesse consórcio, além de um grupo espanhol.

Os autoprodutores – que são os grandes consumidores -, ficarão com até 20% da energia e assim ganharam poder de negociação, já que só com sua participação no consórcio é possível que 30% da energia da hidrelétrica seja vendida a um preço diferente do que será negociado no leilão. A negociação caminha para que fechem acordo a R$ 90 o MWh. Os outros 10% da energia seriam vendidos livremente e os 70% dentro do preço-teto.

As empreiteiras choram porque o valor do investimento estimado pela Empresa de Pesquisa Energética é de R$ 16 bilhões, enquanto elas insistem que é de R$ 30 bilhões. Alguns chegam a estimar até R$ 35 bilhões.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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