Publicado em: 10 de março de 2011
Com 40 doutores e 2 mestres no quadro docente, o Instituto de Geociências – Faculdade de Geologia é um centro de excelência: a graduação figura há muitos anos entre os cinco cursos mais bem avaliados pelo MEC, além da pós-graduação ser atualmente a melhor, no âmbito da UFPA.
Pois bem… O que deveria ser motivo de orgulho virou alvo de pressão. Um alto assessor da Pró-Reitoria de Ensino da UFPA, alegando ter sido questionado por representante do MEC acerca do alto índice de reprovação dos alunos – dos 40 aprovados no vestibular, somente metade se forma -, deu um recado à direção do Curso de Geologia: “O Brasil, especialmente a Região Norte, precisa de geólogos“. Tradução, grosso modo: “afrouxem as exigências e rigidez do curso, ou sofrerão consequências”.
Vejam o absurdo da situação: 40 doutores e 2 mestres, exigentes em seu metier, se sentem acuados por ameaças veladas e intimidações para que deixem de lado critérios e aprovem mais.
É a quantidade em detrimento da qualidade.
E não se espantem se daqui a pouco surgir uma obscura Faculdade de Geologia, com mensalidade na casa dos mil reais e aprovada pelo MEC, para fabricar profissionais em ritmo de linha de montagem.
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