Publicado em: 22 de outubro de 2011

Foto: Comunicação UFOPA
Uma incursão em áreas desmatadas às margens da PA 254, no trecho chamado estrada do BEC, onde ainda podem ser identificadas castanheiras centenárias, foi a primeira atividade da expedição IFNOPAP, em Oriximiná, no extremo Oeste do estado. As árvores estão sendo catalogadas por meio de um projeto desenvolvido pela Universidade Federal do Oeste do Pará. A maioria já está com os troncos danificados por causa das constantes queimadas na região.
A equipe também conheceu uma das cachoeiras às margens do rio Trombetas, o fenômeno das areias brancas, e a “campinarana”, que não é uma campina verdadeira e se estende de um limite a outro do município, entre os lagos Caipuru e Iripixi. Acredita-se que essas áreas foram formadas no período do grande lago, na inversão do curso do rio Amazonas, que, de acordo com estudos geológicos, já teria corrido num sentido contrário ao atual. Há savanas naturais, com vegetação de pequeno porte do tipo gramínea, que estão sendo pesquisadas por estudantes do curso de Biologia, do campus de Oriximiná.
Os pesquisadores observaram, ainda, a exploração ilegal de recursos naturais por empresas que comercializam matéria prima para asfalto e construção civil. Ao longo da estrada há um lixão a céu aberto.
No campus da UFOPA em Oriximiná as atividades técnico-científicas incluíram a mesa-redonda “Biodiversidade, Povos e Culturas locais” e oficinas destinadas à comunidade. A parte cultural foi marcada pelo monólogo “Vida Cabocla, Mistura de Gente”, da atriz Annieli Valério.
A expedição “Revisitando Cultura e Biodiversidade entre o Rio e a Floresta: Do Guamá ao Tapajós”, realizada pelas universidades UFPA, UFOPA e UEPA, em comemoração aos 15 anos do programa IFNOPAP-Campus Flutuante e programa Expedições do CFI/UFOPA, saiu de Belém no último dia 13 de outubro, a bordo do catamarã Rondônia, com destino a Santarém, passando por Monte Alegre, Oriximiná, Óbidos e Alenquer, onde desenvolve atividades técnico-científico-culturais, reunindo pesquisadores do Brasil e de várias partes do mundo. Mais informações aqui.
Comentários