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Segundo os dados
do Unicef, 150 milhões de meninas e 73 milhões de meninos são vítimas de exploração
sexual no mundo. No Brasil, 165 crianças sofrem por abuso sexual a cada dia, cerca
de 7 casos a cada hora, sem falar na venda de imagens pela internet de crianças
abusadas. Por causa da deficiência estatal, na realidade os números são muito
maiores porque incontáveis casos nem chegam a ser denunciados. E o Pará é um
dos estados brasileiros no topo desse triste ranking.
Em fevereiro de 2010, o relatório da
CPI da Pedofilia da Alepa computou mais de cem mil casos de 2005 a 2009, dos
quais só 14 sentenciados, o que aumentou para 97 sentenças no final de 2010.
É preciso criar uma estrutura
permanente de amparo a crianças e adolescentes. O Pró-Paz jamais alcançará
eficiência se continuar com ações pontuais. É preciso que funcione em cada
posto de saúde, em cada delegacia, hospital, que qualquer órgão público tenha
pelo menos uma pessoa de contato para fazer a denúncia e o encaminhamento da
vítima. Caso contrário, sempre serão insuficientes os inquéritos e as demais
providências. 
A violência não espera caravanas. As
vítimas não têm dinheiro nem para comer, quanto mais para se transportar até a
delegacia especializada, a sede do MP ou do Pró-Paz. Ou se quebra esse círculo
vicioso, burocrático, ou a luta está fadada ao fracasso.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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