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A violência em Salinópolis atingiu níveis insuportáveis. O assassinato de Jeneves Barros Anunciação e Sandra Sauma Gontijo,  que reagiram em assalto em sua residência, e a amputação da perna de uma garota de 22 anos na praia do Atalaia em um acidente entre um quadriciclo e um automóvel expõem a selvageria reinante em pleno feriado de Páscoa num lugar paradisíaco.

Não é de hoje que se clama por uma ação eficaz da polícia na cidade, onde os assaltos à mão armada, com reféns, espancamentos e assassinatos são muitos, mas não podem se banalizar. A sociedade há que se indignar e exigir providências!

Da mesma forma, não se pode mais tolerar, sob pena de conivência, o tráfego criminoso de veículos na praia, que tantas mutilações e mortes já causou, num lugar onde só os pés descalços deveriam transitar.

Conheci Jeneves e Sandra. Eram pessoas dignas, cidadãos em idade ainda produtiva, pais de família. Seus filhos, marcados pela tragédia, assim como tantos outros vítimas dessa barbárie, nenhuma reparação, nenhum alento à sua dor terão, a não ser que se altere esse horror. 

E para aqueles que acham que desgraça só acontece com os outros e preferem fazer parte da maioria silenciosa: hoje são eles. Amanhã pode ser você. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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