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O Conselho de Transporte do Município de Belém aprovou hoje o reajuste de 11% na tarifa de ônibus proposto pela SeMOB, fixando as passagens em R$ 2,43. Agora só falta o prefeito Zenaldo Coutinho homologar. A tarifa atualmente é de R$ 2,20. De acordo com cálculos do Dieese/PA, o usuário que toma duas conduções diariamente pagando o valor atual da passagem de ônibus gasta R$105,60 ao mês, o que corresponde a um impacto de 14,58% na renda da população assalariada. Com a tarifa de R$2,43 esse impacto subirá para 16,11%. Some-se a isso um serviço de péssima qualidade, em frota velha, sem manutenção, imunda, com motoristas e cobradores despreparados, além do terror que é o trânsito de Belém. Não há como justificar esse reajuste, ainda mais porque foi criada uma comissão, coordenada pelo MPE-PA, que deveria identificar os nós da mobilidade urbana e avaliar a necessidade ou não de reajuste, e que até hoje não se pronunciou. Está passando da hora, então, de cobrar do MP essa resposta e a garantia do serviço de transporte público de qualidade, entendido como direito social assegurado pela Constituição Federal.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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