Publicado em: 13 de agosto de 2014
Vejam os exercícios de futurologia dos especialistas quanto à corrida presidencial no Brasil:
A Consultoria Rosenberg Associados faz a previsão: “Só muita torcida contra pode impedir uma pessoa racional de perceber como Dilma é favorita“. E dá uma bordoada malcriada, no mínimo inusitada para uma empresa dedicada a projeções políticas: “Visto de hoje, o cenário mais provável é a continuidade da mediocridade, do descompromisso com a lógica, do mau humor prepotente do poste que se transformou em porrete contra o senso comum“.
Já a Consultoria Macrométrica, usando um método de análise organizado por Nate Silver, editor chefe do site “FiveThirtyEight” – que na eleição presidencial dos EUA em 2012 acertou o vencedor em todos os 50 Estados – conclui o oposto. Usando os dados da última pesquisa do Ibope, diz que Aécio Neves ganha com uma vantagem apertada de 2 a 3,6 pontos percentuais sobre a presidente Dilma. Isto porque dos 17 pontos percentuais de eleitores que devem migrar para um dos candidatos no segundo turno, 23,5%, ou 4 pontos percentuais, irão para Dilma e 76,5%, ou 13 pontos percentuais, para Aécio. A rejeição à continuidade do governo petista falaria mais alto neste caso.
“O resultado é a vitória de Aécio com 49,8% dos votos, contra 46,2% para Dilma e 4% de votantes não comprometidos. Como os VNC nunca são considerados na apuração do resultado final, a vitória de Aécio seria com 51,8% contra 48,2% de Dilma, ou seja, por diferença de 3,6 pontos percentuais”, afirma o estudo.
“O resultado é a vitória de Aécio com 49,8% dos votos, contra 46,2% para Dilma e 4% de votantes não comprometidos. Como os VNC nunca são considerados na apuração do resultado final, a vitória de Aécio seria com 51,8% contra 48,2% de Dilma, ou seja, por diferença de 3,6 pontos percentuais”, afirma o estudo.
Por sua vez, o jornalista Gaudêncio Torquato, consultor de marketing institucional e político, doutor em Comunicação, livre-docente e professor titular da USP, tem suas próprias hipóteses: “Se a inflação se mantiver sob controle, não afetando o bolso dos consumidores/eleitores, a geladeira continuará cheia, o coração agradecerá e a cabeça acabará decidindo a favor de quem proporciona o bolso cheio. A recíproca é verdadeira. Não acredito que a fumaça, mesmo forte, que sai dos fornos da Petrobras – CPIs, escândalos em série, malas cheias de dinheiro – seja capaz de afetar o quadro eleitoral. Claro, reforça os pontos de vista do eleitor que já tem decisão de votar contra a presidente Dilma. Mas não bate nas margens sociais, afeitas à equação BO+BA+CO+CA (bolso, barriga, coração, cabeça).”
Comentários