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FOTO: CRISTINO MARTINS

Durou quase três horas a reunião entre empresários de navegação, sindicalistas e integrantes do Movimento Acorda Marajó, o chefe da Casa Civil, José Megale, o secretário de Estado de Transportes, Kleber Menezes; o diretor geral da Arcon, Andrei Castro, e representante da Procuradoria Geral do Estado, em mais um capítulo da novela sobre a questão do transporte hidroviário para o arquipélago do Marajó. O movimento reivindica a quebra do monopólio da empresa que faz a travessia e o cancelamento do reajuste das passagens e tarifas nesse trecho, já autorizado pelo Conselho Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos e homologado pela Arcon em outubro do ano passado, e que começou a ser praticado no início de dezembro de 2015. Ao final, foi proposto pela Setran e Arcon que o reajuste fique suspenso até o dia 2 de fevereiro, quando haverá nova reunião para continuar o diálogo. O governo do Estado vai negociar junto à empresa operadora no trecho, também, a divisão do reajuste de 11,74% em duas vezes iguais.
As negociações incluem a acessibilidade nos navios. Setran, Arcon, Capitania dos Portos e um representante do Movimento Acorda Marajó farão inspeção especial nas embarcações, a fim de garantir que os portadores de necessidades especiais tenham tratamento diferenciado, com mais conforto e segurança. Setran e Arcon vão estudar, ainda, a possibilidade de licitar a operação de outra empresa nas viagens entre a capital e o Marajó. 


O secretário Kleber Menezes elogiou a forma como o Movimento Acorda Marajó está conduzindo as reivindicações sobre transporte junto à comunidade. “Estou bem impressionado sobre como as coisas estão se processando. Para todos nós aqui, o que importa é sempre o diálogo. Estamos nos empenhando nessa questão porque sabemos como é importante manter essa boa relação com o povo do Marajó. Queremos negociar para melhorar”. Kleber adiantou que cobrará a manutenção e modernização de balsas e navios, além de vendas de passagens pela internet, com uso de cartão de crédito, no prazo de 60 dias

Marcelo Bastos, um dos líderes do grupo Acorda Marajó, acatou as deliberações da reunião e levou as propostas aos líderes comunitários. “Reuniões como essa são muito proveitosas. Queremos negociar para melhorar o transporte para o Marajó”, avaliou.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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