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O grupo Cuíra inicia atividades em 2016 com o espetáculo Esse Corpo Que Me Veste. A ideia partiu de uma Bolsa de Experimentação recebida por Olinda Charone com o tema Teatro Litúrgico Contemporâneo. O dramaturgo Edyr Augusto pesquisava um texto a partir do julgamento de Jesus Cristo por Pôncio Pilatos. Quando ambos se encontraram e envolveram outras pessoas, a discussão evoluiu até o texto final, com um título perturbador, utilizando uma frase que Jesus teria dito a Judas, após avisá-lo de que seria traído por ele: “_ E “finalmente me livrarei desse corpo que me veste”. Qual o corpo que lhe veste? Essa é a pergunta, provoca Edyr, lembrando que, ao longo dos tempos, o teatro litúrgico refletiu, em cada cultura, as ânsias e as crenças dos povos, como tambor que repercute os costumes, a fé e a época. “Um Teatro Litúrgico Contemporâneo, seguindo a linha de refletir os tempos em que vivemos, quer discutir, debater, mostrar, enunciar um raciocínio que faça, no mínimo, pensar. E foi nesse caminho que o projeto de pesquisa da artista Olinda Charone se desenvolveu”. 

Edyr pontua que, nesse corpo heterogêneo que se verifica no Brasil em termos de religiões, o lugar comum é a procura de Deus. E o papel do teatro é responder a isso. 

O espetáculo estreou no ano passado e agora retorna à cena.  A direção é de Wlad Lima, dramaturgia de Edyr Augusto Proença, figurinos de Grazi Ribeiro, visualidade e iluminação por Patrícia Gondim. São assistentes Bolyvar Júnior e Ariane Gondim, com operação de iluminação a cargo de Ariane Gondim e sonoplastia de Leoci Medeiros. Na produção executiva,  Olinda Charone / Zê Charone.  Produção, Dani Cascaes. No elenco, Olinda Charone e Zê Charone, com participações especiais de João Pedro Pereira e Lucila Vasconcelos.

A peça ficará em cartaz todas as quartas de março e abril, às 20 horas, na Casa Cuíra (Dr. Malcher 287, entre Capitão Pedro Albuquerque e Joaquim Távora, na Cidade Velha). Ingressos a R$ 30, com meia. Há 16 lugares na plateia. Mais  informações  pelo 98204-5030 (WhatsApp)
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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