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A Universidade Federal do Oeste do Pará e o Movimento Indígena do Baixo Tapajós iniciaram mais uma etapa do curso de Nheengatu no Centro Indígena Maíra. O projeto de extensão conta com a colaboração dos professores Miguel Piloto e Maria Baniwa, indígenas do Rio Negro (AM), e Ciça Veiga, doutoranda em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A iniciativa, que existe desde 1999 em parceria com os Franciscanos de Santarém, já formou dezenas de professores indígenas,  e esta segunda turma irá se formar em julho de 2017. O curso tem duração de dois anos, é dividido em quatro módulos intervalares, e desde 2014 passou a integrar o rol de ações afirmativas da Ufopa. 


Nheengatu é uma palavra indígena que define a Língua
Geral Tupi, que foi sistematizada pelos jesuítas, falada
até o século XIX por etnias que habitavam o litoral do Brasil, e ainda hoje está em uso na Amazônia. 



Os povos indígenas são tradicionalmente agráfos, sem escrita. A educação das crianças é feita por meio da narração de histórias e mitos. Para ser mais eficaz, o letramento, assim como as demais etapas do ensino-aprendizagem, deve tomar a cultura e a tradição oral por referência. Por isso, uma estratégia interessante é contar com a presença de pessoas da própria comunidade na sala de aula.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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