Publicado em: 2 de fevereiro de 2017
Segundo mais rico no Senado, amigo do presidente da República Michel Temer, Eunício Oliveira venceu a eleição por 61 votos a 10 e é o novo presidente do Congresso Nacional. Dez senadores votaram em branco. Cumpre, assim, a sina do PMDB comandar a Casa: desde a redemocratização do Brasil, em 1985, todos, com só duas exceções: Antônio Carlos Magalhães (PFL, 1997 a 2001) e Tião Viana (PT, outubro a dezembro de 2007), foram peemedebistas.
A nova Mesa Diretora do Senado é integrada pelos vice-presidentes Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e João Alberto Souza (PMDB-MA) e os secretários José Pimentel (PT-CE), Gladson Cameli (PP-AC), Antonio Carlos Valadares (PSB-PB) e Zezé Perrela (PMDB-MG).
A nova Mesa Diretora do Senado é integrada pelos vice-presidentes Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e João Alberto Souza (PMDB-MA) e os secretários José Pimentel (PT-CE), Gladson Cameli (PP-AC), Antonio Carlos Valadares (PSB-PB) e Zezé Perrela (PMDB-MG).
Quem saiu muito chamuscado foi o senador Paulo Rocha(PT-PA), que votou na chapa governista. Petistas históricos estão indignados e prometem não só deixar de votar como fazer campanha contra ele, em 2018. Nos grupos de WhatsApp e no Facebook, proliferam desabafos.
Há pouco, Paulo Rocha enviou nota justificando seu voto. Ei-la:
“O parlamento é um espaço democrático onde se destacam os interesses da sociedade. Eu vim para o Senado a fim de defender os trabalhadores. Por isso devo ocupar todos espaços que me possibilitem essa tarefa e o espaço da Mesa Diretora é uma conquista que nos foi dada pelo povo, e é isso que orienta a minha posição.
O Congresso Nacional é um espaço de diálogo e de proposições que buscam assegurar direitos, garantias e inclusão social. É também um ambiente de enfrentamento de proposições que ameacem as conquistas dos trabalhadores.
Numa conjuntura pós golpe, temos que estar mobilizados em todos os espaços de luta política contra as pautas do governo Temer que visam suprimir e negar direitos históricos, duramente conquistados pela população brasileira, seja através da legislação ou de políticas públicas fomentadas nos governos Lula e Dilma e fundamentalmente articuladas com os movimentos sociais.
Por isso, entendo que fazer parte das comissões temáticas e da mesa diretora é um direito que nos foi outorgado pela população que escolheu os representantes da bancada do PT em 2010 e 2014. Não podemos negar o princípio da proporcionalidade previsto na Constituição Federal e no Regimento Interno do Senado Federal.
Desse modo, vou defender e apoiar o companheiro José Pimentel (PT-CE), nome indicado pela maioria da nossa bancada para compor a mesa diretora do Senado, como primeiro-secretário, sem nenhum prejuízo da luta que vamos travar em defesa da democracia e contra o governo golpista.
Da nossa união depende as chances de vitória dentro e fora do parlamento.
Fora Temer!
Nenhum direito a menos!
Eleições Diretas Já!
Saudações democráticas
Nenhum direito a menos!
Eleições Diretas Já!
Saudações democráticas
Senador Paulo Rocha (PT-PA)“
Já o blogueiro Diógenes Brandão publicou:
“Estou muito envergonhado em ter votado em senador que não me representa e usa do mandato que lhe confiamos para trair a nossa confiança. #PauloRochaNuncaMais”
O ex-secretário de Estado de Educação no governo de Ana Júlia Carepa, Luis Cavalcante, também postou:
“Sobre o voto de Paulo Rocha no índio da gangue de Temer.
Pelo que escuto nas redes sociais, a resposta da militância do PT será muito simples: Paulo Rocha nunca mais!! Nunca mais terá nosso voto, o nosso apoio ou empenho para qualquer cargo que se candidatar. Nunca me arrependi de um voto que sufraguei nas urnas. Mas toda regra tem exceção. Se pudesse voltar no tempo arrancaria daquela urna eletrônica o voto que digitei pra eleger Paulo Rocha Senador da República.”
Pelo que escuto nas redes sociais, a resposta da militância do PT será muito simples: Paulo Rocha nunca mais!! Nunca mais terá nosso voto, o nosso apoio ou empenho para qualquer cargo que se candidatar. Nunca me arrependi de um voto que sufraguei nas urnas. Mas toda regra tem exceção. Se pudesse voltar no tempo arrancaria daquela urna eletrônica o voto que digitei pra eleger Paulo Rocha Senador da República.”
E disse mais, palavras que o blog prefere não repetir.
Amanhã, a eleição para a Mesa Diretora na Câmara Federal promete novas e fortes emoções. A noite será longa em Brasília.
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