Publicado em: 25 de julho de 2025
A preservação da floresta e a memória viva das tradições populares estarão no centro das discussões do 4º Encontro do Motirõ, que será realizado no próximo 14 de agosto de 2025, das 9h às 13h, no Centro de Eventos Benedito Nunes (CEBN), na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém. O tema desta ediçãoé “Cultura ancestral e popular: floresta em pé e a sobrevivência dos mitos”, convidando à reflexão sobre a sabedoria ancestral, a força dos mitos e o papel da cultura como alicerce para a identidade coletiva.
Promovido pela Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (FADESP), em parceria com a UFPA, o evento faz parte do programa de letramento ecológico e educação socioambiental para a comunidade de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). O objetivo é fomentar o diálogo entre diferentes saberes, ressaltando que a sobrevivência dos mitos e das narrativas culturais depende diretamente da preservação da Amazônia e de seus povos.
A mesa de conversa reunirá Luiz Antonio Simas, historiador, professor, escritor e compositor, reconhecido como um dos grandes pensadores da cultura popular e da formação do imaginário nacional; Zeneida Lima, pajé, ambientalista e escritora, cuja trajetória é marcada pelo compromisso com a defesa da floresta e a transmissão dos saberes tradicionais; e Milton Cunha, acadêmico e carnavalesco, que alia pesquisa, arte e a potência das expressões populares em suas análises sobre identidade e ancestralidade.
O encontro terá entrada gratuita, com credenciamento das 8h às 9h, e capacidade para 700 pessoas. As inscrições já estão abertas e, segundo a organização, menos da metade dos ingressos (é preciso reservar, gratuitamente, aqui) ainda está disponível. A transmissão também será realizada ao vivo pelos canais da FADESP no YouTube e Instagram.
O Motirõ busca ressaltar que cultura ancestral e popular não são apenas manifestações artísticas, mas formas de resistência, transmissão de saberes e reafirmação de uma memória coletiva. Para esta edição, a proposta é evidenciar como os mitos, lendas e tradições da Amazônia dialogam com o presente e ajudam a projetar o futuro, especialmente diante das ameaças ambientais e sociais que a Amazônia enfrenta.
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